Taxa de 3 mortes por cada 1000 nascimentos, no ano passado. “Ter urgências fechadas não é uma boa resposta”, admite ministra.
Há mais bebés a morrer em Portugal. No ano passado, a taxa de mortalidade infantil subiu 20%, comparando com 2023.
Ao longo de 2024, e segundo o Instituto Nacional de Estatística, morreram 252 bebés com menos de 1 ano; é uma taxa de 3 mortes por cada 1000 nascimentos. No ano anterior houve 210 óbitos de bebés até 1 ano (2,5 por cada 1000 nascimentos).
Esta subida considerável, noticiada pelo Correio da Manhã, decorreu num ano marcado pela falta de médicos e pelo encerramento das urgências de obstetrícia e de pediatria.
A ministra da Saúde já admitiu uma relação entre estes números e a falta de investimento na área materno-infantil do Serviço Nacional de Saúde.
“Ter urgências que estão fechadas ou intermitentes não é uma boa resposta. Ter urgências de pediatria que estão mais fragilizadas também não é uma boa resposta”, disse Ana Paula Martins, aos jornalistas.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) considerou que o aumento da mortalidade infantil deve preocupar toda a sociedade.
“É uma situação que nos deve preocupar a todos e deixar em alerta em relação aos cuidados de saúde materno-infantis”, disse à agência Lusa a dirigente do SEP Guadalupe Simões.
Para o SEP, os “recentes anúncios” de Parcerias Púbico Privadas que abrangem os centros de saúde são também motivo de preocupação.
Segundo a dirigente, a medida põe em causa os cuidados de saúde primários.
ZAP // Lusa