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Montenegro anunciou medidas que já estão em vigor (aprovadas pelo Governo de Costa)

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António Pedro Santos/LUSA

Luís Montenegro em reunião com António Costa

Aviso de Tiago Barbosa Ribeiro sobre o pacote anunciado para os jovens; as contas sobre o IRS Jovem deixam “dúvidas fundadas”.

Ontem, quinta-feira, foi o dia dos jovens no Governo. Após o Conselho de Ministros em Braga, o Governo anunciou diversas medidas dirigidas aos portugueses que têm no máximo 35 anos.

Haverá isenção de IMT e Imposto do Selo na compra da primeira casa, taxa máxima de 15% de IRS, alargamento do programa Cuida-te+, cheque-nutricionista, produtos de higiene menstrual gratuitos, apoio no alojamento e na compra de casa.

Todas estas novidades foram anunciadas pelo primeiro-ministro Luís Montenegro e pela ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes.

Mas, afinal, há novidades que não são novidades.

Tiago Barbosa Ribeiro, deputado do PS, começou por dizer na CNN Portugal que este Governo já está em campanha eleitoral e que está a anunciar medidas cujos detalhes não são conhecidos.

Em relação a este pacote para os jovens, o socialista avisou que algumas das medidas anunciadas horas antes já tinham sido aprovadas pelo Governo anterior, liderado por António Costa.

Deu dois exemplos: um estudante poder trabalhar e acumular bolsa até 14 salários mínimos nacionais; e a distribuição gratuita de produtos menstruais em escolas e centros de saúde – ambas já estão em vigor.

No IRS Jovem, Tiago ficou com dúvidas fundadas“. Lembrou que 80% dos portugueses pagam menos do que 15% de IRS, por isso “o que importa perceber se este esforço fiscal de mil milhões de euros está a ser socialmente justo e se não é regressivo”.

“Pelas contas apresentadas, a proposta do IRS Jovem vai beneficiar três vezes mais quem recebe 1.500 euros e sete vezes mais quem recebe 5.000 euros, do que quem recebe 900 euros”, avisou o deputado, que lembrou que dois terços dos jovens recebem menos de 1.000 euros em Portugal.

Para poder aprovar a proposta, o PS terá de perceber melhor os detalhes do documento. Eduardo Teixeira, do Chega, apelou à apresentação de um orçamento rectificativo por parte do Governo.

Marco António Costa (PSD) falou num “certo embaraço” de PS e Chega, que ficam com “dificuldade eleitoral e de posicionamento estratégico” por causa das medidas do Governo. E por isso, repetiu, os dois partidos fazem uma “coligação negativa” para bloquear o Governo.

ZAP //

4 Comments

  1. Confesso que já tinha saudades do PSD no poder.

    Passamos do Thriller da geringonça, à tragicomédia da maioria absoluta do PS e agora a comédia pura que é o governo PSD. É um fartote!

  2. O governo da AD tem os comportamentos do cuco.
    O cuco usa os ninhos alheios para colocar os seus ovos.
    A AD usa o trabalho do governo de António Costa, para fazer crer aos tolos que faz algo de útil.
    Vai daí, proclama às dúzias meros processos de intenções, que poderão ou não vir a concretizar-se.
    Uma miséria! É confrangedor assistir.

  3. Tu e os disparates… é terrivelmente assustador achares que o Costa fez alguma coisa de jeito nestes quase nove anos de “Governação”.
    Se calhar, recebeste algum “tachinho” largo durante esses tempos, por isso é que reclamas da AD, da Direita, que está a tentar erradicar a miséria deixada pelos teus “adorados”. 😉

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