“Eu não sou António Costa”. Montenegro afasta geringonça de direita com o Chega

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PSD / Flickr

Luís Montenegro, líder do PSD

Líder do PSD afirmou que a discussão sobre uma possível aliança com o Chega “não tem nenhuma prioridade política”.

Após dias de pressão, por parte de jornalistas, mas também outros setores da sociedade, Luís Montenegro sentiu necessidade de esclarecer as muitas dúvidas existentes em torno de uma possível aliança do PSD com o Chega, caso os sociais-democratas vençam as legislativas sem maioria absoluta.

“Não estou aqui à procura de ser primeiro-ministro com arranjos parlamentares. Isso é o caminho do doutor António Costa”, disse perentoriamente. No entanto, logo de seguida, deu aso a novos questionamentos. “Claro que eu não me vou sentar a discutir essas coisas com ninguém. Não é com o doutor Ventura. Eu não vou discutir isso com ninguém.”

O esclarecimento, visto por muitos como uma necessidade para a mobilização do voto útil, que permitiria ao PSD vencer de forma convicta o PS e evitando uma dispersão de votos para a Iniciativa Liberal e para o Chega.

“Eu não posso ser mais claro. As pessoas têm um bocadinho, enfim, a ideia de que ser claro é dizer sim ou não. Não pôr isso na agenda de prioridades é uma decisão voluntária, consciente e convicta. Eu não vou fazer o frete ao doutor António Costa e ao doutor Ventura de andar a discutir as minudências da politiquice dos jogos florais da política”, respondeu.

Depois de afirmar que a sua política “são as pessoas“, Montenegro comentou: “Antes eles falassem das pessoas em vez de andarem a falar disso. Perante a insistência dos jornalistas sobre um possível diálogo com o partido Chega, respondeu que “o assunto não tem nenhuma prioridade política”.

“A minha prioridade são os portugueses. Digam que eu sou ambíguo e continuem a falar daquilo que não interessa às pessoas. Porque sabe o que é que vai acontecer? Cada vez vai haver mais portugueses a dizer: ‘No PSD há um líder que se preocupa connosco. Os outros líderes preocupam-se com os joguinhos do parlamento”, sustentou.

ZAP // Lusa

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