Moçambicano morto no fim-de-semana em ataque xenófobo em Joanesburgo

Um moçambicano morreu no fim-de-semana na cidade de Joanesburgo, África do Sul, vítima de xenofobia, disse o cônsul de Moçambique na cidade, Damasco Mate, em declarações ao Notícias, diário de maior circulação em Moçambique.

Segundo o Notícias, o moçambicano Emmanuel Sithole morreu no sábado ao ser atingido por golpes de instrumentos contundentes por um grupo de jovens sul-africanos e dedicava-se à venda de cartões de recargas de telemóvel e cigarros.

O cônsul de Moçambique em Joanesburgo contou que muitos moçambicanos fugiram das suas casas no fim-de-semana, refugiando-se em esquadras da polícia por temerem ataques.

Os casos registados no fim-de-semana são os primeiros em Joanesburgo relacionados com a violência xenófoba, que começou na província de Kwazulu Natal, há mais de duas semanas.

De acordo com Damasco Mate, três moçambicanos já morreram vítimas de violência xenófoba na África do Sul.

Os ataques contra estrangeiros na África do Sul obrigaram ao regresso a casa de 107 moçambicanos, de um total de 600 que estavam refugiados em centros de acolhimento na região sul-africana de Durban.

400 moçambicanos regressam na terça-feira ao país

Cerca de 400 moçambicanos fugidos da violência xenófoba na África do Sul são esperados esta terça-feira no centro de trânsito de Boane, sul de Moçambique, disse à Lusa o Instituto Nacional das Comunidades Moçambicanas no Exterior.

Segundo o diretor-adjunto do Instituto Nacional das Comunidades Moçambicanas no Exterior, Armando Chissaque, os repatriados serão depois transportados para as suas zonas de origem em Moçambique em autocarros fretados pelas autoridades moçambicanas.

“No centro de trânsito, vão ficar poucos dias, porque o desejo é que voltem para as suas zonas de origem”, declarou Chissaque.

O Governo moçambicano tem reiterado apelos para que se evitem atos de represálias contra cidadãos sul-africanos residentes em Moçambique, face à recusa de trabalhadores moçambicanos em permitir que os seus colegas sul-africanos continuem a trabalhar em território moçambicano devido à xenofobia na África do Sul.

/Lusa

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