Para dar o exemplo, ministro japonês vai tirar uma licença de paternidade

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Shinjiro Koizumi, ministro do Ambiente do Japão

O ministro do Ambiente japonês anunciou, esta quarta-feira, que vai tirar uma licença de paternidade, esperando tornar-se um exemplo para todos os pais trabalhadores do país.

Shinjiro Koizumi, filho do ex-primeiro-ministro Junichiro Koizumi, anunciou que vai tirar duas semanas de licença de paternidade nos três meses seguintes ao nascimento do seu primeiro filho, avança a agência Reuters.

A decisão do ministro já deu aso a algumas críticas, com os opositores a dizerem que Shinjiro devia antes dar prioridade aos seus deveres como governante. Mas o ministro não parece estar muito preocupado com isso, afirmando que esta decisão é também uma forma de dar o exemplo a outros homens japoneses.

“Os dados mostram que 80% dos homens, que ingressam no mundo do trabalho, dizem que gostariam de tirar a licença de paternidade, mas apenas 6% deles realmente o fazem”, disse o político num discurso, citado pela mesma agência.

Quero tirar duas semanas de folga com flexibilidade, abrindo exceções para assuntos públicos importantes”, frisou ainda, citado pelo Diário de Notícias.

O principal porta-voz do Governo apoiou a decisão, afirmando que é “importante criar uma atmosfera propícia ao local de trabalho, aceitação social e apoio aos homens para que peçam e gozem a licença de paternidade”.

As políticas de licença parental no país estão entre as mais generosas do mundo, oferecendo aos japoneses e às japonesas licenças parcialmente remuneradas de até um ano, ou mais se não existirem creches disponíveis. As políticas são ainda mais complacentes para funcionários do Governo.

A cultura do excesso de trabalho está bastante enraizada no Japão, com altas taxas de suicídio associadas a este problema. As mortes são um problema tão comum que até existe um termo para descrevê-las: karoshi.

ZAP //

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