Ministra repudia praxes e pede “alternativas de integração mais positivas”

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Miguel A. Lopes / Lusa

Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato

A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, apelou esta terça-feira aos estudantes e dirigentes do ensino superior para iniciar o novo ano letivo com a criação de “um ambiente académico inclusivo, inspirador e seguro”, repudiando as praxes.

“Dirijo-me a vós para garantir a defesa desse ambiente académico positivo, que esteja alinhado com os princípios da liberdade, da tolerância e da solidariedade. É por isso que a receção e a integração de novos estudantes não podem assentar em práticas de integração humilhantes e abusivas”, escreveu Elvira Fortunato numa carta enviada aos dirigentes das associações e federações de estudantes e aos dirigentes das instituições de ensino superior.

A governante realçou a redução das denúncias de praxes abusivas na receção aos novos alunos do ensino superior nos últimos anos, associando a essa evolução “o esforço das associações de estudantes e das instituições de ensino superior para criar mecanismos preventivos”, além do desenvolvimento de “alternativas de integração mais positivas”.

“Façamos tudo no sentido de combater as praxes académicas, as quais, na sua maioria, têm por base, injustamente, a defesa da preservação de tradições académicas”, vincou Elvira Fortunato, notando que a integração dos estudantes é “uma prioridade” e que a Direção-Geral do Ensino Superior vai manter a linha de apoio para reportar praxes abusivas.

Ato contínuo, anunciou o lançamento para breve de “apoios à realização de atividades alternativas às praxes académicas”, com enfoque nas áreas do desporto, na ciência e na cultura e que deverão prolongar-se por todo o ano.

Segundo a ministra, o novo ano letivo será igualmente marcado pela implementação de mais medidas de apoio social aos estudantes – que já tinham sido aprovadas em agosto e que visam atenuar as dificuldades das famílias para suportar os estudos superiores dos filhos -, bem como um trabalho conjunto com o Ministério da Saúde e as instituições de ensino superior para sensibilizar e cuidar das questões da saúde mental neste contexto escolar.

A terminar, anunciou também que “será lançado brevemente” um programa para aumentar o aproveitamento e reduzir o abandono escolar no ensino superior.

Lusa //

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