Autópsia veio esclarecer que a morte da criança não podia ser atribuída à inoculação com a vacina pediátrica da Pfizer.
Depois de Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses ter confirmado que a morte da criança de seis anos, que deu entrada no Hospital de Santa Maria a 16 de janeiro, não se deveu à vacinação contra a covid-19, o Ministério Público decidiu arquivar o inquérito que havia aberto, por entender que não foram encontrados quaisquer indícios de crime.
De acordo com a nota da Procuradoria da República da Comarca de Lisboa, a autópsia serviu para afastar definitivamente qualquer suspeita de que a vacina contra a covid-19 poderia ter contribuído para a morte da criança.
“Como é do conhecimento público, a criança realizou um teste de antigénio de SARS-CoV-2, que deu positivo. Apurou-se ainda que já lhe tinha sido administrada a primeira dose da vacina pediátrica da Pfizer. Na sequência do óbito foi realizada a autópsia médico-legal, a qual concluiu que a morte não foi devida à referida vacinação“, pode ler-se na nota.
Tal como refere o Ministério Público, a criança estava infetada quando deu entrada no Hospital de Santa Maria, com um quadro de paragem cardiorrespiratória. De acordo com as diretrizes após a inoculação com a vacina contra a covid-19, a unidade hospitalar informou a Direção-Geral da Saúde e o Infarmed. Na notificação falava-se numa “suspeita de reação adversa“, possibilidade que a autópsia afastou.
Ainda assim, o Instituto de Medicina Legal optou por não revelar publicamente os fatores que estiveram na origem da morte, fazendo-o exclusivamente com a família da vítima para salvaguardar a sua privacidade.