Nuno Veiga / Lusa

O suspeito foi acusado de cinco crimes, incluindo tentativa de extorsão e posse de arma proibida, mas deve ser considerado inimputável e internado numa instituição psiquiátrica.
O Ministério Público acusou Marco Aragão, o homem com cerca de 40/50 anos que enviou uma bala e ameaçou o Presidente da República de morte. No entanto, espera-se que seja considerado inimputável devido a uma “perturbação esquizofrénica”, de acordo com uma nota publicada no site da Procuradoria-Geral da República.
A acusação, datada de 19 de Julho de 2023, inclui cinco crimes: coação agravada na forma tentada, extorsão agravada na forma tentada, detenção de arma proibida, acesso indevido e desvio de dados. Recorde-se que a carta ameaçadora foi enviada em Outubro de 2022 e incluía a exigência de uma transferência de um milhão de euros.
Aragão, que tem um historial de violência e já esteve preso, também já tentou extorquir outras figuras do Estado, incluindo Lucília Gago, a Procuradora-Geral da República, e Luís Neves, diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ).
Foi detido a 24 de Janeiro na sua casa pela Unidade Nacional de Contraterrorismo (UNCT) da PJ. Ficou em prisão preventiva no Hospital Prisional de Caxias, onde foi feita uma avaliação da sua sanidade mental.
O diagnóstico revelou “perturbação esquizofrénica“. O suspeito estava em período de descompensação quando ameaçou o Presidente e o Ministério Público sugere que ele seja declarado inimputável e internado num estabelecimento psiquiátrico.
Marcelo Rebelo de Sousa minimizou a situação em Janeiro, afirmando que já tinha recebido ameaças semelhantes quando era comentador na televisão. Em declarações à CMTV, referiu que este tipo de situações acontece ocasionalmente e nunca se confirmou qualquer gravidade.
A investigação, dirigida pelo DIAP de Lisboa e coadjuvada pela Polícia Judiciária, levou à condenação do indivíduo, ressaltando a necessidade de tratamento adequado para sua condição mental.