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Hackers russos acusam Michael Phelps de tomar substância proibida em cavalos

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Fernando Frazão / Agência Brasil

O nadador norte-americano Michael Phelps nos 200m mariposa nos Jogos Rio 2016

O nadador norte-americano Michael Phelps nos 200m mariposa nos Jogos Rio 2016

Um grupo de hackers russos denuncia o alegado “doping” legal do nadador norte-americano Michael Phelps, que terá utilizado uma substância para tratamento da epilepsia, em 2016. O medicamento está proibido nas competições de cavalos.

Denominado Fancy Bear, este grupo de hackers, que já tinha revelado uma série de documentos pirateados do site da Agência Mundial Antidoping (WADA na sigla em inglês), envolvendo outros atletas norte-americanos em supostas situações duvidosas com a tomada de certas substâncias, volta a divulgar uma nova leva de ficheiros.

Nestes novos documentos, surge o nome de Michael Phelps que terá usado a substância gabapentina durante o torneio Arena Pro Swim Series, nos EUA, em Abril de 2016, isto é, antes de ter vencido seis medalhas nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

A substância, que é usada para tratar epilepsia, dores neuropáticas, afrontamentos e o síndroma das pernas inquietas, é proibida pela Federação Internacional de Desportos Equestres, mas não consta das proibições da WADA. Phelps nunca comunicou sofrer de qualquer dos problemas de saúde referidos.

De acordo com dados avançados pela Sputnik News, os hackers tiveram acesso às “Declarações de Medicação” que os atletas norte-americanos entregaram voluntariamente à WADA, com informações sobre os medicamentos ou suplementos que tomaram durante o período que antecede um teste de doping.

Na declaração de Michael Phelps, com data de 13 de Abril de 2016, constará que o atleta tomou três comprimidos de gabapentina.

O basquetebolista da NBA, Draymond Green, também terá usado a mesma substância presente no medicamento chamado Tegretol.

O grupo de hackers insinua, assim, que a WADA permite uma espécie de “doping legal”.

Simone Biles continuará a usar metilfenidato

Tatyana Zenkovich / EPA

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Simone Biles, ginasta norte-americana.

A primeira vaga de revelações do grupo de hackers, que diz defender “o fair-play e um desporto limpo”, surgiu em Setembro de 2016. Nessa altura, foram divulgados dados da ginasta Simone Biles, das tenistas Serena e Venus Williams e da jogadora de basquetebol Elena Delle Done.

No caso de Biles, uma das grandes sensações dos EUA nos Jogos Olímpicos do Rio, onde venceu cinco medalhas, os documentos divulgados em Setembro, mostravam que teria acusado positivo, num controle de doping, durante estas olimpíadas, para a substância metilfenidato, um estimulante leve do sistema nervoso central que é usado no tratamento do Transtorno do Défice de Atenção com Hiperactividade (TDAH).

A ginasta, que tinha afirmado tomar medicação desde criança por sofrer de TDAH, é, mais uma vez, citada nos documentos pirateados porque continua, alegadamente, a usar Focalin XR, um medicamento que contém precisamente metilfenidato.

Em Dezembro passado, uma empresa norte-americana, vocacionada para a segurança na Internet, revelou que foram estes mesmos hackers que estiveram por trás dos ataques informáticos a Hillary Clinton, durante as eleições presidenciais que garantiram a vitória de Donald Trump.

SV, ZAP //

6 Comments

  1. Hmm acho que por norma os USA gostam de ludibriar o mundo de uma forma geral, fazem-se de bonzinhos e honestos e quando se vai ver afinal são eles os vilões… isto serve pra tudo, desporto, poliítica internacional, negócios, etc etc.

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