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Vem aí o Metrobus sem ligação com o Metro 

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ZAP

Novos autocarros de hidrogénio, no Porto, não terão qualquer paragem “colada” a uma estação de metro.

Quem passa pelo Porto, sobretudo numa certa zona da Avenida da Boavista, já reparou: começaram as obras (ou pelo menos as indicações de que haverá obras) para a concretização do Metrobus. Começaram na terça-feira.

A Metro do Porto destaca esta nova “mobilidade urbana verde”, formada por autocarros movidos a hidrogénio, na “última geração do autocarro ecológico”. São veículos que não produzem emissões poluentes.

Em relação à circulação, qualquer Metrobus terá prioridade sobre os outros veículos que circulam na mesma zona, graças a semáforos inteligentes. Com via exclusiva, a meio, na Avenida da Boavista.

Os autocarros vão percorrer quase toda a Avenida da Boavista. Terá dois trajectos: Boavista – Império (percurso completo em 12 minutos) e Boavista – Anémona (17 minutos). Ambas as linhas entram em funcionamento em 2024.

Haverá paragens em: Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império (na primeira linha). E ainda: Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo (Praça de Gonçalves Zarco) e Anémona (Praça Cidade do Salvador), na segunda linha. Todas no centro da via.

As obras deverão terminar daqui a um ano e meio.

E uma paragem… no metro?

A maioria dos passageiros estaria à espera de que o Metrobus começasse o seu percurso “colado” à estação de metro na Casa da Música – mas isso não vai acontecer.

A Metro do Porto já confirmou no Porto Canal que não haverá qualquer paragem junto à estação de metro na Casa da Música. Seria a única paragem com ligação directa ao autocarro, porque no percurso restante não existe qualquer estação de metro.

Os novos autocarros vão fazer inversão de marcha mesmo na Avenida da Boavista, no topo. Nem chegam a contornar a rotunda e percorrem uns metros em sentido proibido. A STCP já testou essa inversão de marcha; resultou.

Assim, os passageiros terão de andar a pé cerca de meio quilómetro. Nada especial para muitos passageiros, mas fará diferença para pessoas com dificuldades de locomoção e em dias de mau tempo, no geral.

Não haverá ciclovias na Avenida da Boavista e a zona do Campo Alegre, onde muito se tem pedido reforço de transportes públicos, não terá Metrobus. Pelo menos, em breve.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

4 Comments

  1. Uma obra que não traz benefício para a Cidade do Porto nem para os Portuenses, que inclusive não pediram esta intervenção urbana sendo a mesma infundada, com a agravante do facto desta decisão ser proveniente do Executivo do «Porto, o Nosso Partido/Porto, o Nosso Movimento/Aqui Há Porto» que não tem legitimidade para Governar, pois perdeu as Eleições Autárquicas de 2021 – alcançou somente 40.72 % – para os Portuenses representados pela Abstenção que venceram esse Acto Eleitoral com 51.19 %.
    Posto isto, se esta obra é desnecessária, inútil, mal projectada, e não tem fundamento, porquê que vai ser efectuada? Por onde anda a Polícia Judiciária e o Ministério Público?

  2. “Como o nome indica, Metrobus seria um autocarro para fazer ligação com, pelo menos, uma estação de metro – mas isso não vai acontecer.”

    Que raio de conclusão?!!! Não tem pés nem cabeça. Em Coimbra vai haver Metrobus e não há metro (tradicional)! Metrobus é um sistema operado com autocarros em vias exclusivas que têm prioridade sobre os outros veículos sempre que houver
    cruzamentos. Não tem necessariamente que ter uma ligação com o Metro. Embora pudesse fazer sentido num ou noutro ponto.

  3. E porque não se usa o dinheiro publico (basuka + taxa turistica) para fazer obras importantes… como um verdadeiro METRO (subterraneo) em vez de experiencias caras que obviamente vao conduzir a mais caos à superficie e ainda por cima sem ligacao ao metro ??? Discordo… é falta de dinheiro? lancem uma taxa especial temporaria… +1€ por cada estadia no porto e gais +1 € por cada bilhete de concerto no porto e gaia +1€ por cada bilhete de futebol… simples e justo!

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