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Mulheres que estão na pós-menopausa e que têm cancro da mama podem evitar quimioterapia

d.r. shutterstock / BBC

Segundo um novo estudo, o facto de uma mulher estar no período de pós-menopausa e estar a passar por um cancro da mama que se encontre em estágio inicial, pode determinar se esta tema  possibilidade de evitar a quimioterapia.

O estudo incluiu mais de cinco mil mulheres com a doença com até três linfonodos positivos. As mulheres com resultado Recurrence Score de 0 a 25 foram aleatoriamente colocadas num grupo para tratamento com terapia hormonal isolada ou num grupo para tratamento com quimioterapia seguida de terapia hormonal. As pacientes aleatoriamente distribuídas foram estratificadas de acordo com o resultado do estudo.

O estudo, publicado no National Cancer Institute, demonstrou um efeito diferente da quimioterapia em mulheres na pós-menopausa e na pré-menopausa. Foi observado que as mulheres na pós-menopausa com resultados de 0 a 25 não obtiveram benefícios da quimioterapia e podem evitar os efeitos colaterais associados ao tratamento.

Já as mulheres com resultados entre 26 e 100 não foram incluídas no estudo porque os investigadores analisaram estudos anteriores e determinaram que este grupo de pacientes beneficia da quimioterapia, refere o Futurity.

Cerca de 25% das pacientes diagnosticadas com cancro de mama precoce com recetor hormonal (RH) positivo e HER2 negativo têm um tumor que se espalhou para os linfonodos, sendo que dois terços dessas pacientes estão na pós-menopausa. A grande maioria dessas mulheres está atualmente a receber quimioterapia.

“Com o novo estudo e com a análise de estudos anteriores, há agora uma clareza definitiva e sobre quem realmente beneficia e quem não beneficia da quimioterapia por entre as pacientes com cancro de mama em estágio inicial, com doença linfonodo negativa ou linfonodo positiva”, disse Steven Shak, um dos autores do estudo.

O especialista diz que “estes resultados eram esperados e confirmam a importância do teste Oncotype DX nas aplicações da prática clínica, sendo que vão causar impacto sobre dezenas de milhares de mulheres no mundo inteiro”.

O estudo é baseado no teste genómico Oncotype DX Breast Recurrence Score, uma ferramenta que consegue identificar quais os pacientes que beneficiam com a quimioterapia. O teste faz uma avaliação prognóstica e preditiva das pacientes, identificando se há a possibilidade de recorrência da doença nos próximos 10 anos, e permitindo avaliar um melhor uso dos recursos de saúde.

O método foi usado em 632 centros de nove países: Estados Unidos, Canadá, México, Colômbia, Irlanda, França, Espanha, Coreia do Sul e Arábia Saudita.

O estudo foi apoiado pelo National Cancer Institute (NCI),  projetado e liderado pela SWOG Cancer Research Network, e conduzido pela NCI National Clinical Trials Network.

Ana Moura, ZAP //

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