Nathan Hrushkin, aspirante a paleontólogo de 12 anos, encontrou o fóssil de um dinossauro enquanto passeava com o pai em Alberta, no Canadá. Depois de enviarem uma fotografia ao Museu Royal Tyrrell, ficaram a saber que o fóssil já tem 69 milhões de anos.
De acordo com a CNN, Nathan Hrushkin sempre quis ser um paleontólogo e, com apenas 12 anos de idade, já descobriu os ossos de um dinossauro com 69 milhões de anos.
Nathan estava a caminhar em Alberta, no Canadá, com o seu pai quando o alertou para o que parecia ser um fóssil gigante no solo. “Ele chamou-me e disse: ‘Pai, precisas de vir aqui’. E eu percebi logo pelo tom de voz dele que tinha descoberto alguma coisa“, contou Dion Hrushkin, pai de Nathan.
Nathan disse que era bastante óbvio que se tratava de um fóssil e que “parecia uma cena de televisão ou desenhos animados”.
Decidiram, então, enviar uma fotografia da descoberta para o Museu Royal Tyrrell, que confirmou a suspeita – era um osso de dinossauro verdadeiro que foi, mais tarde, identificado como parte de um jovem hadrossauro (hadrosauridae), conhecido como o dinossauro com bico de pato.
O museu enviou especialistas para o local, no Horseshoe Canyon, parte da organização Nature Conservancy of Canada (NCC), que confirmou a descoberta do fóssil pelo menino de 12 anos.
“A descoberta deste dinossauro num local protegido demonstra a necessidade de conservação dos locais”, disse o NCC num comunicado. “Não só para garantir a conservação de espaços selvagens para as gerações futuras, mas também como uma oportunidade de aprender sobre o nosso património natural.”
Ainda de acordo com o NCC, a composição geológica do local – com camadas de cinza vulcânica, arenitos, argilitos e espécimes pré-históricos – representa um período de tempo entre 71 e 68 milhões de anos atrás.
“É bastante incrível encontrar uma coisa que é real, uma descoberta de um verdadeiro dinossauro”, disse Nathan à CNN. E a descoberta do aspirante a paleontólogo é ainda mais notável, visto que descobertas daquela época são extremamente raras.
“[Os restos do dinossauro] são de uma camada em Alberta onde não há muitas informações fósseis”, disse Dion Hrushkin. “Por isso é que todos estavam muito animados por vir escava-la, preenche uma lacuna de conhecimento científico“, explicou.
Após a recuperação do fóssil, que fazia parte do braço de um hadrossauro, os investigadores descobriram entre 30 a 50 ossos no local, todos pertencentes ao mesmo dinossauro, que teria cerca de três ou quatro anos de idade.
“Esses animais eram provavelmente os mais comuns em Alberta no final do período Cretáceo, provavelmente tão comuns quanto os veados são hoje em dia”, disse François Therrien, paleontólogo do museu, citado pela CNN.
O facto de o fóssil estar dentro de camadas de rocha que datam de há 69 milhões de anos atrás também é extraordinário, já que “as descobertas de fósseis são raras nesta camada geológica”, disse o NCC.
Para Nathan, que assistiu várias vezes à escavação, a experiência de descobrir um fóssil de dinossauro foi um sonho tornado realidade. “Foi muito divertido estar ali e vê-los a fazer as coisas deles”, disse o menino que quer ser paleontólogo desde “há muito tempo”.