Porque a meditação não é para todos.
A maioria dos nossos leitores estará envolvida num ritmo diário acelerado – embora poucos consigam explicar porquê.
Para combater esse stress, milhões de pessoas já têm a meditação na sua rotina.
Má notícia: a meditação não é para todos.
Boa notícia: mesmo quem não consegue estar numa sessão de meditação, pode meditar de outras formas. Muitas outras formas.
No jornal The Guardian, a psicóloga Suzy Reading (que também é professora de ioga) e Joy Rains, instrutor de mindfulness, deixaram 12 caminhos alternativos. E, aparentemente, todos acessíveis.
Primeiro: caminhar. A maioria de nós fica preso nos seus problemas, sempre a pensar nisso, enquanto caminha. Mas este é o melhor momento para ligar os pés ao solo. É um momento para o aumento da auto-consciência. Foque-se nos pés e no solo; não nos problemas.
Segundo: ficar maravilhado com a natureza. E nem é preciso estar num grande parque para experimentar isso – basta olhar para as árvores e para o céu, ou observar o nascer do sol. E a natureza pode ser uma obra de arte, ou um espectáculo.
Por falar em observar: olhar pela janela. Nunca lhe aconteceu? Ficar parada, ou parado, a olhar pela janela, quase paralisada? Concentrar-se em objectos pode ajudar a sair do tráfego mental ocupado, para que possamos percebê-lo e aceitá-lo, em vez de tentar eliminá-lo. Cinco minutos de observação podem chegar.
Trabalhos domésticos. Sim, até dobrar a roupa e aspirar podem ser formas de meditação. Com tranquilidade, a sentir os aromas das roupas lavadas, por exemplo, ou a observar as texturas dos seus tecidos.
Tentar coisas novas é outro método sugerido. Cozinhar um novo prato ou aprender uma nova habilidade criativa pode fazer a pessoa sentir-se…viva. Desperta a nossa curiosidade, deixamos a famosa zona de conforto.
Agora vamos ao contexto das artes: desenhar. Consegue estar tão envolvido no desenho que mais nada o distrai.
Ou então, escrever. Pode servir como uma pausa nos nossos pensamentos e sentimentos e, ao mesmo tempo, dar testemunho dos mesmos. “A meditação pode ser uma escrita reflexiva, quando nos sentamos com os nossos sentimentos. Agendar um momento para a escrita ajuda.
Ainda neste contexto: cantar num coro. Deixar de lado as questões mentais e ficar só com a experiência, concentrando-se em como é bom estar naquele coro, naquele grupo; sentir a caixa de voz a vibrar e ouvir o som a sair da boca. Sim, tem a ver com estar presente. No aqui e agora. A mente tem tendência a fugir para pensamentos passados ou a pensar em como será o futuro, a imaginar… O objectivo é viver plenamente o presente.
Ir ao cinema. Sim, ir ao cinema também pode ser uma forma de meditação. Porque a mente pode fazer uma pausa, aí.
Cerâmica. Uma experiência sensorial fora do comum, associada a aprender a deixar os julgamentos de lado.
Construir algo também é boa opção. Legos, claro. Vêm logo à cabeça. Sentir os blocos irregulares, olhar para as cores, ouvir o som de baterem uns nos outros.
Por último, aquele que terá criado mais confusão no título deste artigo: trabalhar. Como? Trabalhar de forma mais relaxante é obviamente mais aprazível. E, ao trabalhar com tranquilidade e com prazer, o stress diminui.