Dois médicos e uma enfermeira do Hospital da Guarda foram acusados do crime de ofensa à integridade física por negligência pelo Ministério Público (MP). Em causa está a morte de um bebé durante o parto em 2017.
O caso remonta a 16 de Fevereiro de 2017 quando Cláudia Costa, então grávida de 37 semanas, foi assistida no Hospital da Guarda.
A mulher “sofreu um tempo de espera excessivo”, “sem que fosse sujeita a uma adequada monitorização e vigilância durante o tempo de espera, o que inviabilizou a realização de uma cesariana de urgência que teria salvo a vida do feto e, por essa via, a integridade física e a saúde da assistente”, sustenta o MP, conforme citam o Jornal de Notícias e a SIC Notícias.
Cláudia Costa deu entrada na unidade de saúde com uma pequena perda de sangue. A enfermeira que monitorizou os batimentos cardíacos do bebé percebeu que estavam fracos, mas, dada a ausência de médicos, só comunicou esse dado à obstetra quando esta entrou ao serviço.
A enfermeira também não telefonou aos dois médicos de serviço, deixando a grávida desamparada.
Quando a obstetra tomou conhecimento da informação, ainda pediu a um colega que tomava o pequeno-almoço que avaliasse outra grávida que chegou ao Hospital depois de Cláudia Costa.
Entretanto, Cláudia Costa sentiu uma dor aguda e teve uma hemorragia. Quando foi, finalmente, observada por um médico, o feto já estava morto.
A negligência médica entre outras deficiências começam a tornar-se demasiado habituais em Portugal. E a Ordem dos Médicos nada diz como sempre.
A Ordem dos Médicos está mais preocupada em assegurar que se formam anualmente poucos médicos para continuarmos a ser o país da Europa com o preço das consultas mais altas (em função do poder de compra). Entretanto os médicos estão transformados numa seita que olha apenas para números e dinheiro. Fazem-se 20, 30, 40, 50 consultas por dia. Operações a metro. Tudo isso tem de por vezes correr mal.
Para quando um maior número de médicos neste país? Esta é a questão que a Ordem deverá responder.
De facto mais parece que temos demasiados carniceiros e carrascos na medicina.
S. Silva, tem razão, a medicina devia curar e salvar vidas e ultimamente o que se vê é uma máfia que tomou conta da medicina e que se dá ao luxo de fabricar todo o tipo de atropelias. Que nojo.