Foram mais de cinco anos para oficializar o duelo, quase 300 milhões de dólares só de receitas para os pugilistas, além do esperado recorde de 74 milhões apenas de bilheteira. Na madrugada deste sábado para domingo, veremos a invencibilidade de uma carreira de 47 lutas sem derrotas contra o prestígio de um colecionador de títulos mundiais.
O americano Floyd “Money” Mayweather e o filipino Manny “Pacman” Pacquaio, os dois maiores astros do boxe da última década, estarão frente a frente no ringue pela primeira vez esta madrugada, em Las Vegas, num evento que já está a ser chamado de “o combate do século“.
O duelo, proposto em 2009, acumula expectativas pelo fato de Mayweather estar invicto – um efeito semelhante a quando Mike Tyson estava no auge da sua carreira, em que os olhos do mundo se viraram para ver quem conseguiria derrotar o invencível – o que acabou por acontecer em 1990.
Além dos números astronómicos do confronto inédito deste fim de semana, que começa às 4horas da madrugada de domingo, há ainda expectativas devido às polémicas que envolvem os protagonistas fora do ringue.
Mayweather já passou pela prisão, tem um histórico violento de desacatos em locais públicos e até agressões a ex-namoradas, tendo mesmo sido preso por violência doméstica. Com uma fortuna estimada em mil milhões de euros, “Money” é provocador e passou os últimos anos a desdenhar as vitórias do adversário deste fim de semana.
“Pacquiao é famoso porque está ligado ao meu nome. Quando se fala em Pacquiao, fala-se no homem que estão a tentar pôr a lutar com Floyd Mayweather. Quando se fala em Floyd Mayweather, fala-se no maior de todos os tempos”, afirmou em outubro de 2011, quando já se pedia um combate entre os dois.
Do outro lado está Pacquiao, o “Pacman“, um homem religioso, com ambições políticas – foi reeleito deputado em 2013 para o Congresso filipino – e que detém a patente de tenente-coronel reserva do Exército filipino.
Sobre a luta, Pacquiao não é tão polémico como Mayweather, mas não deixa de alimentar ainda mais as expectativas do público para o duelo.
“O instinto assassino está de volta. Os meus filhos pediram-me esta luta contra o Mayweather, e isso faz deste combate o mais importante”, afirmou após a confirmação do confronto.
ZAP / BBC