Para ajudar a tomar algumas das decisões mais importantes das nossas vidas, matemáticos sugerem a “regra 37%”.
Todos conhecemos uma pessoa que é altamente indecisa e insegura em relação às decisões que toma na vida. Talvez essa pessoa seja você. Desde pequenas decisões, como escolher o que comer num restaurante, até decisões importantes, como escolher a melhor casa para comprar, por vezes escolher uma opção num universo de alternativas é uma tarefa árdua.
Será que o cabrito assado não seria melhor que a carbonara? Será que comprar casa no Alentejo não seria melhor do que arrendar um apartamento em Lisboa? Dilemas como estes são comuns no decorrer das nossas vidas.
A questão que se impõe é: quanto tempo deve gastar com opções de teste para obter as melhores probabilidades de uma decisão final bem-sucedida?
Os matemáticos têm uma sugestão: 37%. A ideia é que, se precisar de tomar uma decisão de entre 100 opções diferentes, deve testar e descartar as primeiras 37.
Este não é um número aleatório lançado pelos matemáticos, como explica Marianne Freiberger num artigo publicado na Plus Magazine.
Dos 37% rejeitados, escolhemos o melhor e mantemos essa informação em mente seguindo em frente, explica o portal Freethink. Se alguma opção posterior superar esse padrão de referência, devemos manter essa opção para obter o melhor resultado final.
Por exemplo, de todas as pessoas que você possa namorar, veja os primeiros 37%, e depois contente-se com a primeira pessoa que é melhor do que as que viu antes — ou espere pela última se essa pessoa não surgir antes.
“Se quer as melhores chances de conseguir o melhor apartamento, gaste 37% da sua procura por apartamento (onze dias, se demorar um mês) explorando opções sem compromisso. Deixe o livro de cheques em casa; você está apenas a calibrar. Mas depois desse ponto, esteja preparado para se comprometer imediatamente – depósito e tudo – para o primeiro lugar que você vê que supera tudo o que já viu. Este não é apenas um compromisso intuitivamente satisfatório. É a solução comprovadamente ideal”, lê-se no livro “Algorithms to Live By: The Computer Science of Human Decisions”, de Brian Christian.
O problema com a chamada “regra 37%” nos relacionamentos é que um encontro com uma pessoa não é suficiente para avaliar o seu carácter. Por vezes, 100 encontros não chegam. Além disso, quem diz que a primeira pessoa que conheceu não é o amor da sua vida?