Muitos condutores tendem a carregar no acelerador durante as viagens mais longas, na falsa convicção de que assim poupam tempo e chegam mais depressa ao destino.
O debate sobre os limites de velocidade nas estradas gera opiniões divergentes entre os condutores e os especialistas em mobilidade.
Em países como a Alemanha, os limites de velocidade são mais flexíveis e muitas auto-estradas nem sequer têm limite de velocidade. Outros, como Portugal, têm um limite de velocidade de 120 km/h, controlado por radar em muitos troços.
Há condutores que acreditam que viajar a 120 km/h os levará mais depressa ao seu destino do que se viajassem a 100.
No entanto, nota o El Confidencial, uma abordagem matemática permite analisar objetivamente se a ultrapassagem destas restrições tem um impacto significativo no tempo de viagem.
Na conta smartickmetodo no TikTok, um matemático explica por que razão a perceção de que conduzir a velocidades mais elevadas reduz significativamente o tempo de viagem nem sempre corresponde à realidade.
Na verdade, à medida que a velocidade aumenta, os benefícios em termos de poupança de tempo tornam-se marginais.
Este fenómeno deve-se à relação inversa entre velocidade e tempo, em que os ganhos iniciais com o aumento da velocidade são muito superiores aos ganhos com a ultrapassagem de certos limites.
Por exemplo, quando se passa de 60 km/h para 120 km/h, o tempo necessário para percorrer um quilómetro é reduzido para metade, mas quando se passa de 120 km/h para 140 km/h, a poupança de tempo é de apenas alguns segundos.
Ou seja, os aumentos de velocidade oferecem cada vez menos benefícios em termos de tempo. Se a duplicação da velocidade inicial pode reduzir o tempo para metade, os aumentos posteriores não mantêm este rácio.
Segundo o perito, “acima de certos limites, o esforço de conduzir a velocidades mais elevadas não compensa o tempo mínimo ganho“. Este fenómeno é particularmente relevante em estradas como as auto-estradas, onde as velocidades legais são geralmente suficientes para garantir viagens eficientes.
Além disso, os riscos associados à ultrapassagem dos limites de velocidade, tanto em termos de segurança como de sanções financeiras, tornam este comportamento questionável.
Ultrapassar os 120 km/h nas auto-estradas não só aumenta o risco de acidentes, como acarreta multas que podem atingir valores elevados e a retirada de pontos na carta de condução.
O respeito pelos limites de velocidade não só melhora a segurança rodoviária, como também reduz o consumo de combustível e as emissões poluentes. Por outro lado, manter velocidades constantes dentro dos limites permitidos melhora a eficiência do veículo — e contribui para uma condução mais sustentável.
A vantagem de andar mais depressa é que menos facilmente se adormece. Comer bolachas também ajuda. Mas quando se apanha uma multa, então o ganho se gasta assim. Nas estradas secundárias, endireitar as curvas ajuda bastante
Interessante estudo. Mas a maior parte dos Tugas não conseguem perceber esse raciocínio matemático! Na Alemanha, todas as autoestradas têm limite de velocidade! O que acontece na Alemanha é que em zonas planas, sem curvas e com várias faixas de rodagem e é só nestas zonas em que não existe o limite de velocidade. Porém, isto por si só, não chega para que não exista limite de velocidade em certas zonas das autoestradas alemãs! É que por lá, ninguém circula nas faixas da esquerda a não ser SÓ para ultrapassar e de pois disso, circulam todos na faixa mais à direita, mesmo que hajam várias faixas de rodagem. E outra coisa que por lá acontece é que ninguém faz sinal de luzes aos que vão à frente, para saírem da frente, pois é sabido que se alguém vai à frente em alguma faixa mais à esquerda, é porque esse alguém está a ultrapassar alguém e como por lá são cívicos no trânsito, quando acabar de ultrapassar, irá voltar a uma faixa de rodagem mais à direita, por isso, ninguém precisa de fazer sinais de luzes ou “empurrar” alguém para sair da frente! E só mais uma coisinha, na Alemanha, nas autoestradas onde houver obras, o limite é de 80km e por lá, ninguém anda a mais do que os 80 km/h e nós por cá, ninguém respeita os limites de velocidade, nem nas zonas das obras nas autoestradas! É por isso que por cá teremos que continuar com o rigor dos limites de velocidade!
Sempre que vejo este raciocínio penso que o mal está em aumentar para mais 20 ou 40 kmh. O ideal será ir para o dobro de 100/120kmh e então aí a 200/ 240kmh vamos finalmente chegar em metade do tempo!
Concordo com isso quando se tem tempo e a viagem é curta (menos de 100km). Para viagens grandes como Lisboa-Porto (cerca de 300km), esses 10/20km podem reduzir entre 10 a 20 minutos de viagem, sendo que o típico tuga anda sempre em cima do joelho.
Portanto, se eu aumentar 20 km ganho 20 km percorridos a mais por hora. E este belo estudo diz que não…. Brilhante!!! Claro que cada aumento de velocidade reduz tempo. Que matemática tão absurda …. Claro que a redução de tempo é proporcional, não precisava haver um estudo para saber isto. Se o objetivo era consciencializar a malta, se calhar será melhor consciencializar o estado que este limite de velocidade era para carros sem a tecnologia de hoje e está mais do que obsoleto para uma autoestrada nos dias de hoje. E já agora, o aumento de 120 para 140 traduz-se em 12 minutos poupados numa hora. Não é nada?!? Que absurdo de estudo este!
O número de minutos poupados numa viagem quando se aumenta a velocidade de 120 para 140km/h não é de 12 minutos; depende da extensão da viagem.
Numa distância de 25km poupa-se menos de 2 minutos numa viagem de 12 minutos e meio. Em 100km, poupa-se 7 minutos em 50. E numa viagem de 300km poupa-se 22 minutos em 3 horas, se chegarmos vivos ao destino (coisa que acontece quase sempre)
Como ? As suas contas não estão correctas . Pouparia cerca de 5 m , teoricamente, porque na prática vai ser sempre mais .
Os especialistas não estão a fazer bem as contas. É claro que quanto mais depressa, menos o tempo de viagem; ou então estão a tentar contrariar a física, como os cientistas tentam contrariar a bíblia.
Mesmo que o aumento da velocidade em mais 20km/h que seja diminua o tempo em meros segundos, para uma viagem com mais de 50 ou 100km de distância faz uma baita diferença todos esses segundos somados ao final da viagem: por exemplo, Bragança à Faro, reduz o tempo em pouco mais de Uma Hora – não digam que não faz diferença!
Ai, porque gasta menos combustível e é mais ecológico para o automóvel, etc…. mas há algo que é mais perigoso e que os “especialistas” não têm nas suas contas: quanto mais tempo em estrada, mais sono provoca à quem esteja ao volante (mesmo que o condutor tenha tido um bom sono antes da viagem).
E, por outra, é mais uma daquelas desculpas para não aumentarem o limite de velocidade máxima.
Nao sou contra esse criterio mas ser multado por ter publicidade numa carrinha de trabalho om a publicidade da minha empresa acho vergonhoso
Acho que este comentario e real e verdadeiro obg
Boas festas a todos!
Independentemente dos cálculos que se fazem,
As regras são para ser cumpridas.
Claro que quem anda mais 20 km à hora, vai adiantar uma hora na viagem e que jeito dá para quem tem a vida muito ocupada.
Também existem os que conduzem por pura adrenalina. A esses aconselho uma pista de corridas.
Aí não há limites e até poderiam surgir novos talentos para a pilotos profissionais.
Eu gosto muito de conduzir, mas muitas horas seguidas desgastam qualquer um e faz a diferença uma hora ou até dez minutos a menos.
Não é demais lembrar que um carro é uma arma.
Não são as grandes velocidades que mais matam.
Basta lembrar o que aconteceu na Alemanha e na Inglaterra ou o aconteceu aos peregrinos que iam a Fátima…
Espero que cada vez que carregamos no acelerador haja mais consciência nesse ato, para que fiquem todos a ganhar.
Bom 2025 e espero que daqui a um ano estejamos cá para comentar os resultados.