Uma das relíquias mais famosas do Egito, a máscara funerária dourada do rei Tutankhamon, pode não ter sido originalmente criada para o jovem faraó.
Uma nova análise sugere que a máscara foi provavelmente destinada a uma mulher de estatuto elevado, possivelmente a rainha Nefertiti, ou a uma criança.
Os sinais reveladores estão nos orifícios dos brincos, uma vez que os faraós adultos do sexo masculino tradicionalmente não usavam brincos, enquanto as mulheres e crianças de alto nível usavam, explica o Popular Mechanics.
De acordo com Joann Fletcher, egiptóloga da Universidade de York, a análise mostra que o rosto da máscara é feito de um tipo de ouro diferente do resto da máscara, com marcas de solda que indicam que o rosto do rei Tut pode ter sido adicionado a uma máscara existente.
“Esta máscara não foi feita para um faraó adulto do sexo masculino”, disse Fletcher, citada pelo Express. “Quando o ouro foi comparado, [descobriram] que o rosto é feito de ouro completamente diferente do resto”.
Os especialistas propõem que a morte súbita e inesperada de Tutankhamon aos 19 anos pode ter levado a uma pressa na preparação do seu enterro. Com essa pressa, os funcionários podem ter reaproveitado uma máscara existente do governante anterior.
Tut subiu ao trono quando tinha apenas cerca de nove anos de idade. A sua curta vida foi marcada por vários problemas de saúde, potencialmente resultantes da consanguinidade da sua família. Depois de governar durante cerca de dez anos, morreu em 1323 a.C., o que obrigou os funcionários a apressar o seu enterro. As provas de preparativos apressados incluem a pintura do túmulo que ainda estava húmida quando a câmara funerária foi selada.
Embora haja debates em curso, os orifícios dos brincos e os diferentes metais da máscara apoiam a teoria de que pode ter pertencido originalmente a outra pessoa, possivelmente à rainha Nefertiti, cujo túmulo continua por descobrir.