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Marte sobreviveu a super-erupções (que libertaram “oceanos” de poeira e gases tóxicos)

A região de Arabia Terra, situada no norte de Marte, já foi palco de erupções suficientemente potentes para libertar “oceanos” de poeira e gases tóxicos no ar. 

A NASA confirmou, recentemente, que uma região do norte do Planeta Vermelho, chamada Arabia Terra, sofreu milhares de “super-erupções” durante 500 milhões de anos. Segundo o comunicado da agência espacial norte-americana, estes antigos sítios vulcânicos foram palco das maiores erupções conhecidas pela ciência moderna.

Apesar de as “super-erupções” terem terminado há cerca de 4 mil milhões de anos, as evidências científicas indicam que Marte foi um planeta inequivocamente ativo no passado.

O Interesting Engineering explica que, enquanto analisavam a composição mineral e a topografia de Arábia Terra, os cientistas descobriram provas de milhares de erupções tão catastróficas que chegaram a ser mais violentas do que qualquer erupção planetária conhecida.

Estes eventos atiraram para o ar “oceanos” inteiros de poeira e gases tóxicos – como dióxido de carbono, vapor de água e dióxido de enxofre – alterando o clima do planeta durante décadas.

“Cada uma destas erupções teria tido um impacto climático significativo – talvez o gás libertado tivesse tornado a atmosfera mais espessa ou bloqueado a luz do Sol e tornado a atmosfera mais fria“, disse o geólogo Patrick Whelley, do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA. “Os modelistas do clima marciano terão algum trabalho para tentar compreender o impacto dos vulcões.”

Antes deste trabalho, o consenso científico indicava que as depressões da região tinham sido causadas por impactos de asteroides, mas este novo estudo mostra que a área foi literalmente “escavada” pelo material libertado pelos vulcões, que criou as sete caldeiras vulcânicas de Arábia Terra.

As descobertas foram publicadas num artigo científico na Geophysical Research Letters em julho. A confirmação da NASA surgiu este mês para solidificar a compreensão do passado antigo de Marte.

Liliana Malainho, ZAP //

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