Comentador condenou a divulgação do antigo presidente do Banco Privado Português no momento da sua detenção.
Luís Marques Mendes, no seu habitual espaço de comentário, não calou as críticas ao atual líder do seu partido, a propósito das alegações feitas por Rui Rio, na sua conta de Twitter, em que alegava que a prisão de João Rendeiro, concretizada no sábado pela polícia de África do Sul, teria tido origem em pressões políticas, de forma a favorecer o PS nas próximas eleições legislativas — insinuação já mereceu resposta dos oficiais socialistas, mas também do Presidente da República.
“Acho que Rui Rio foi muito infeliz, injusto e não tem grande autoridade para fazer esta crítica. Primeiro foi muito infeliz por que é de quem não percebe que os tempos da justiça são diferentes dos tempos da política. Segundo, foi terrivelmente injusto porque esta operação da Polícia Judiciária foi desencadeada antes da dissolução do Parlamento e da crise política”, afirmou.
O comentador lembrou ainda o caso da decisão judicial contra Azeredo Lopes, no caso de Tancos, que aconteceu em 2019, em plena campanha eleitoral. “Rui Rio não teve problemas e desancou no Governo de cima abaixo. Aí não se lembrou de chamar a atenção que o calendário político estava a ajudar a posição a complicar a vida ao Governo”.
Já sobre a prisão propriamente dita, o comentador considerou que a Polícia Judiciária “deu uma prenda de Natal a si própria, à justiça portuguesa e ao país”, sendo que a operação “comprovou mais uma vez a sua eficiência, qualidade e profissionalismo”. “Tudo sem qualquer fuga de informação. Nada disto é muito português. Mas é notável.” A única ressalva de Marques Mendes teve que ver com a divulgação da fotografia do momento da detenção, a qual foi reproduzida por vários meios de comunicação social portugueses.
“Não sei quem deu a fotografia. Mas quem fez esta divulgação, não o devia ter feito. João Rendeiro em todo este processo se comportou como um patife completo. Com descaramento e descaramento total. Mas, até alguém que se comporta como um patife, tem direito à dignidade e não merece ser achincalhado e humilhado e esta fotografia tem esse objetivo”, alertou.
Marques Mendes alertou ainda para o facto de todo o processo de extradição ainda poder demorar algum tempo a concretizar-sem pelo que não se deve “embandeirar em arco” os passos que já foram dados até agora. Segundo o comentador, é expectável que o Tribunal de Verulam Magistrates’ Court, em Verulam, nos arredores de Durban, opte por aplicar ao antigo presidente do Banco Privado Português a prisão preventiva, uma “medida de coação óbvia” — apesar de ter a certeza que Rendeiro tudo fará para o evitar.
realmente o rio não devia estar muito bem quando se lembrou de fazer tal comentário.
se é com esse tipo de discurso que ele vai para as eleições………….
Nestas coisas nunca se sabe. Afinal, todos sabemos como é que este governo nomeou o procurador europeu.
Pergunta: qual a semelhança entre a saga do Rendeiro e a recuperação(?) das armas de Tancos?
Resposta: o primeiro ministro é o mesmo.
interesses existem em todos os governos. no governo do passos coelho, a maior parte dos ministros tinham arranjado um cargo no governo para as mulheres deles