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Marítimo vs Sporting | Adeus Champions

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O Sporting perdeu o jogo e o segundo lugar na visita ao Marítimo, na última jornada, num encontro em que dependia apenas de si para fechar a época numa toada mais positiva.

A desincorporação leonina somada à coesão defensiva (habitual) dos madeirenses acabou por encaminhar a partida para um empate que só uma falha imprevista de Rui Patrício quebrou, com prejuízo para os “verde-e-brancos”.

O Jogo explicado em Números

  • Entrada em posse dos “verde-e-brancos”, com 79% findos os primeiros dez minutos, altura em que Dost lançou Bruno Fernandes para o primeiro lance perigoso e remate do jogo, embora bloqueado.
  • Aos 20 minutos já o Marítimo procurava equilibrar as operações, procurando o contra-ataque e com algum sucesso, igualando em lances de (relativo) perigo, num remate de Gamboa bloqueado in extremis já na área leonina.
  • E num minuto tudo mudou… ou nem por isso: primeiro foi Joel a aproveitar um dos vários lances de bola parada que os madeirenses iam somando para inaugurar o marcador, aos 31 minutos, com assistência de Edgar Costa, para de imediato Dost empatar, aos 32, a passe de Gelson Martins. Tudo igual, mas agora com golos.
  • O empate coloria um jogo disputado, ao intervalo, com os “leões” a somarem mais produção mas com um Marítimo sempre perigoso no contra-ataque e a somar apenas menos cinco bolas na área do que o Sporting.
  • Nesta fase era Dost a fechar com o melhor rating da primeira metade, com 6.3, seguido do outro marcador da partida, Joel Tagueu com 6.0. O holandês destacava-se pela eficácia das suas acções, com um golo no único remate que efectuou e 13 passes certos em 16, um deles para uma oportunidade finalizada por Bruno Fernandes.
  • Os “leões” voltaram a entrar com maior domínio na segunda parte, acercando-se dos 75% de posse nos primeiros dez minutos e somando o primeiro remate (desenquadrado), novamente por Dost.
  • Insatisfeito com o rumo dos acontecimentos, Jorge Jesus retirava Coentrão aos 54 minutos, lançando Bryan Ruiz fazendo recuar Acuña para o apoio defensivo. Aos 68 minutos, Montero rendia Battaglia e mais tarde “JJ” lançaria o terceiro ponta-de-lança (Doumbia) em campo. Era o tudo por tudo leonino.
  • Com o Sporting totalmente balanceado no ataque, o “golpe de teatro” chegaria já nos descontos (90’+2), com Ghazaryan a aparecer já dentro da área para rematar, aparentemente sem perigo, mas a defesa incompleta de Rui Patrício confirmaria a vantagem insular e o adeus leonino à disputa pelo acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões.

O Homem do Jogo

Os homens mais avançados, Dost e Joel, dominaram os GoalPoint Ratings durante a maior parte do jogo, mas o central brasileiro Bebeto foi “trepando a tabela”, terminando com o melhor desempenho da noite, e com números (sobretudo defensivos) mais do que justificativos de tal prémio: dez desarmes, seis alívios, 11 duelos individuais em 15 disputados e um passe de finalização. Um jogo em grande que explica boa parte da ineficácia leonina frente à defesa madeirense nesta tarde.

Jogadores em foco

  • Bas Dost 6.4 – Talvez o único pilar leonino que não se perdeu. Económico como de costume (apenas dois remates), marcou e ainda fez um passe para finalização de Bruno Fernandes, terminando o jogo com 37 acções de bola, o que para o seu habitual é bastante.
  • Rui Patrício 4.2 – Final de Liga ingrato para um guardião que foi o principal responsável pelo registo defensivo competitivo dos “leões”. Nem os 100% de eficácia em 25 reposições lhe poupam sair do jogo sem qualquer defesa e com um erro que acabou por sentenciar a derrota.
  • Marcos Acuña 4.8 – Dos vários “leões” desaparecidos neste jogo escolhemos o argentino pela espectacularidade do eclipse. As 27 perdas de bola (mais apenas Bruno Fernandes com 33, outro eclipsado imprevisto) e os nove dribles falhados em 11 tentativas são dois exemplos que arrumam o caso sobre uma tarde para esquecer.
  • Joel Tagueu 6.7 – Mais um golo para um sério candidato a melhor reforço de Janeiro da Liga NOS, a contribuir para um total de nove com que este camaronês resolveu a crise concretizadora que os madeirenses vinham a viver até à sua chegada. Desta feita, para lá do golo, ainda assistiu o segundo.

Resumo

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