Na jornada imediatamente anterior ao dérbi lisboeta com o grande rival Benfica, o Sporting foi à Madeira… perder com o Marítimo, por 1-0, interrompendo assim uma sequência de jogos com excelentes exibições e resultados, desde a paragem das Ligas para o Mundial 2022.
Os “leões” foram a jogo com Nuno Santos no banco. O ala tem sido uma das principais figuras da equipa, mas corria o risco de falhar o encontro na Luz, caso visse um cartão amarelo. Rúben Amorim lançou o jogador logo após o tendo de Cláudio Winck que decidiu a partida, mas nem o português conseguiu inverter a caminhada para mais uma derrota, a quinta na Liga bwin, em 15 jornadas. Já o Marítimo venceu pela primeira vez perante o seu público.
Sem competência ofensiva
O primeiro quarto-de-hora foi de intensa pressão do Marítimo, que teve mais bola (cerca de 60% de posse), mais remates e os principais lances de perigo, com muitos passes longos a tentar esticar o jogo e colocar o “leão” em sentido. Os lisboetas começaram a reagir depois deste período, com alguns lances bem desenhados, em especial pelo lado direito, com Porro e Trincão activos.
Até ao intervalo os de Alvalade tomaram conta do jogo e terminaram eles próprios com 60% de posse, ainda assim com muita dificuldade para entrar na grande área insular, razão pela qual o nulo era o resultado mais lógico a meio da partida. O médio dos homens da casa, João Afonso, era o melhor ao descanso, com um GoalPoint Rating de 5.9, com destaque para cinco acções defensivas.
O Sporting continuou por cima no arranque do segundo tempo, mas quem marcou foi o Marítimo. Aos 55 minutos Cláudio Winck não vacilou da marca de penalidade, a castigar falta de Mateus Fernandes sobre Percy Liza na área leonina. Um momento que obrigou os visitantes a ampliarem o seu domínio. Ao mesmo tempo, os madeirenses passaram a explorar o contra-ataque com mais frequência e com diversos momentos de perigo, numa fase de jogo com emoção junto das duas balizas.
Nos últimos minutos o Sporting esteve em cima do Marítimo, com muitos cruzamentos e com enorme vontade, mas sem a clarividência necessária para decidir sempre bem, pelo que acabou por averbar uma derrota dura, da qual se pode queixar de si próprio, pela pouca inspiração ofensiva (um só remate enquadrado em dez). E a seguir vem o Benfica.
MVP GoalPoint: Gonçalo Inácio
O triunfo foi dos anfitriões, mas o MVP pertence aos visitantes. Gonçalo Inácio foi o melhor em campo na derrota do Sporting na casa do Marítimo, com um GoalPoint Rating de 6.7. O central, a actuar no lado direito do trio, criou uma ocasião flagrante, falhou só três de 52 passes, fez três variações de flanco e esteve muito bem na defesa, com quatro duelos aéreos defensivas ganhos em quatro, sete recuperações de posse e quatro desarmes.
Outros Ratings
Destaques do Marítimo
João Afonso 6.4
O médio esteve um pouco por todo o lado. Dono de dois passes super progressivos, fez cinco recuperações de posse e somou 11 acções defensivas, com destaque para três intercepções e cinco alívios.
Moises Mosquera 6.3
O central esteve sempre muito atento e nunca foi ultrapassado pelo ataque do Sporting. Mosquera ganhou quatro de cinco duelos aéreos defensivos, fez nove recuperações de posse e seis alívios (máximo).
Cláudio Winck 6.2
O lateral-direito decidiu o jogo, ao apontar o único golo do desafio, de penálti. Além disso enquadrou os seus dois remates, fez sete recuperações de posse e três desarmes.
Destaques do Sporting
Pedro Porro 5.7
O espanhol foi um dos “leões” que mais tentou remar contra a maré, participando em inúmeras iniciativas pelo seu flanco. Criou uma ocasião flagrante em dois passes para finalização, teve sucesso em dois de cinco cruzamentos de bola corrida, mas pecou com o máximo de perdas de posse (26), três delas no primeiro terço, e ainda cometeu quatro maus controlos de bola.
Manuel Ugarte 5.7
Bem o médio nas funções defensivas, com oito recuperações de posse e quatro desarmes, mas ofensivamente foi praticamente inexistente.
Nuno Santos 5.6
Começo no banco, pois se visse amarelo falharia o dérbi com o Benfica. Nos cerca de 35 minutos em que esteve em campo fez cinco passes ofensivos valiosos, seis passes progressivos e três super progressivos.
Matheus Reis 5.3
Não facilitou e terminou com quatro alívios e um bloqueio de remate. Somou o máximo de acções com bola (87), ganhou os três duelos aéreos em que participou, mas esteve mal no passe, com 12 falhados, cinco deles de risco.
Rochinha 5.3
Entrou para a última meia-hora, mostrou vontade, mas falhou uma ocasião flagrante de golo.
Coates 5.2
Se visse amarelo falhava o dérbi. Conseguiu evitar esse castigo, mas a verdade é que esteve muito discreto.
Edwards 5.1
Jogo pouco conseguido do inglês, que sofreu três desarmes e somou quatro maus controlo de bola (um dos máximos).
Paulinho 4.7
Fez o único remate enquadrado do Sporting, mas falhou uma ocasião flagrante, somando ainda três desarmes sofridos e quatro foras-de-jogo (máximo).
// GoalPoint