De goleada em goleada, parece que Hansi Flick descobriu como “despachar” qualquer adversário – mesmo que seja o Real ou o Bayern.
Vamos lá espreitar, ou recordar, os últimos cinco resultados do Barcelona: 5-1 contra o Sevilha, 4-1 frente ao Bayern Munique, 4-0 no clássico com o Real Madrid, 3-1 no dérbi com o Espanhol, 5-2 no terreno do Estrela Vermelha.
Nas últimas duas semanas, só vitórias, quase tudo goleadas, e duas delas contra duas das melhores equipas da Europa: Bayern e Real.
No geral, em 16 jogos nesta época os catalães ganharam 14 e perderam 2: Mónaco e Osasuna. Nenhum empate.
Golos, golos, golos
Há quem chame a este Barcelona uma máquina de fazer golos. Ou uma equipa de puro futebol, que procura sempre atacar – mais do que “só” dominar a posse de bola. É um espectáculo ver esta equipa.
São 55 golos marcados em 16 jogos. Sim, 55. E estamos em Novembro. Com 40 golos marcados no campeonato, a este ritmo iria terminar a época com mais do que os 116 golos da era Messi-Neymar-Suárez, em 2016/17 (claro que é apenas especulação, para já). Mas o ritmo goleador é superior ao da “era Messi”, na altura liderado por Luis Enrique.
E na Liga dos Campeões também é a equipa com mais golos marcados: 15 em apenas quatro encontros. Mas não lidera a classificação do torneio europeu, devido à derrota com o Mónaco. Tem 9 pontos, o líder Liverpool tem 12.
Destaques individuais
Robert Lewandowski é um esperado destaque lá na frente: 19 golos em 16 jogos.
Raphinha, já capitão, continua a brilhar e já leva 12 golos (mais do que em toda a época passada), incluindo um hat-trick frente ao Bayern.
Jules Koundé é um inesperado lateral e um inesperado especialista no ataque: três assistências em 23 minutos contra o Estrela Vermelha.
Íñigo Martínez tem sido uma surpresa muito positiva e até já é o líder da defesa.
Pedri é o que se sabe.
Lamine Yamal também é o que se sabe, mas com uma curiosidade extra: só agora é que tem a idade que Lionel Messi tinha quando se estreou (na inauguração do Estádio do Dragão) – mas já vai na segunda época completa na equipa principal e só nesta temporada já soma 6 golos e 8 assistências.
E o treinador, claro. Hansi Flick tem óbvio “dedo” nestes resultados e nestas exibições. Basta lembrar que, em 2020, enquanto treinador do Bayern Munique, foi campeão nacional, campeão europeu e campeão mundial. Só com vitórias na Liga dos Campeões. E com exibições “assustadoras”, com um 8-2 pelo meio contra…o Barcelona.
Formação
Mas há outro aspecto que faz os adeptos do Barcelona sorrir ainda mais: a formação.
Olhemos para os 11 titulares da equipa catalã nos jogos memoráveis diante de Bayern e Real: 8 espanhóis, 6 deles formados no Barcelona.
Não chega – ainda – à famosa equipa de Pep Guardiola que, além de dominar quase todos os jogos, chegou a ter 11 jogadores formados em casa. Ao mesmo tempo.
Mas há algo que marca diferença em relação a esses tempos: a juventude. Nesses dois jogos mencionados, 6 dos titulares tinham 21 anos ou menos. Aproveitando lesões, sim. Alguns estão a este nível pela primeira vez. E não tremem.
Quando o jornal Marca – sempre associado ao Real Madrid – escreve que “a pegada do Barça é descomunal”… Está tudo dito.
É a melhor equipa de futebol do mundo nesta altura, muito provavelmente.