A Terra não vai desaparecer no próximo século. Depois… atenção ao asteróide 7482

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Astrónomos elaboraram mapa das trajectórias dos asteróides perigosos para os próximos 1.000 anos. Mas não “adivinham” tudo.

É frequente vermos avisos sobre asteróides que vão passar perto da Terra. Incluindo aqui no ZAP.

Já em 2023, por exemplo, soubemos no início do ano que um asteróide do tamanho de um autocarro passou muito perto de uma zona da América do Sul.

Mais recentemente, o asteróide do tamanho de um prédio passou entre a Terra e a Lua, um evento que ocorre uma vez numa década.

Esse caso, tal como outros, serviu para exercício de treino de defesa planetária.

Porque é habitual haver asteróides a passar perto da Terra. Algumas rochas são muito grandes (mas são poucas), outras são pequenas (mas há mais). E algumas já colidiram com o nosso planeta, outras ainda vão colidir.

Nós já temos uma noção dos asteróides que andam aí a circular e que têm diâmetro de mais de um quilómetro. Porque um asteróide com quilómetros de diâmetro pode destruir cidades inteiras e mesmo originar danos ecológicos significativos em todo o planeta.

Nenhum asteróide destruiu a Terra. Mas será que isso, um dia, vai acontecer?

Nesse contexto, uma equipa de astrónomos elaborou um mapa de rotas de asteróides para os próximos 1.000 anos.

O estudo começa por lembrar que não há ameaças para o próximo século. Nenhum objecto será realmente perigoso para a Terra ao longo dos próximos 100 anos.

Depois disso… Vamos vendo. Em princípio, nada perigoso.

Isto porque é difícil prever as órbitas dos objectos para lá do próximo século.

O portal Universe Today lembra que, no processo da dinâmica orbital, pequenas mudanças podem levar a grandes efeitos em enormes escalas de tempo.

Uma pequena diferença na quantidade de aquecimento que um asteróide recebe do Sol, ou um “puxão” inesperado de Júpiter, poderia alterar a trajectória de um asteróide – que pode colidir com a Terra daqui a milhares de anos.

Para tentar superar essa limitação, a equipa analisou a evolução da Distância Mínima de Intersecção da Órbita, que limita os encontros mais próximos possíveis entre um asteróide e a Terra. Contas que se vão alterando ao longo de centenas e milhares de anos.

Os astrónomos realizaram simulações que mapearam o maior número possível de trajectórias orbitais (dadas as incertezas nas actuais posições orbitais e velocidades dos objectos) para o próximo milénio.

Entre as simulações, foram identificados 28 objectos que têm alguma probabilidade de um encontro com a Terra. Todos vão passar a uma distância menor do que a que nos separa da Lua.

Os especialistas encontraram o particularmente perigoso asteróide 7482: é o objecto com maior probabilidade de atingir o nosso planeta. Ao longo dos próximos 1.000 anos vai estar muito tempo perto da Terra – mas não é certo que colida com o planeta.

asteróide 143651 e a sua “órbita tão caótica” chamaram a atenção precisamente por causa disso: é impossível prever a sua localização exacta após algumas décadas. A equipa nem conseguiu definir se este asteróide é perigoso para a Terra.

No geral, os astrónomos acreditam que nenhum dos objectos analisados vai atingir a Terra, nem nos próximos 100 anos, nem nos próximos 1.000 anos.

Mas… É preciso estar atento.

ZAP //

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