Sindicato sem dinheiro para pagar dívidas após manifestação de enfermeiros

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Rodrigo Antunes / Lusa

Enfermeiros manifestam-se em frente aos Hospital de Santa Maria

O protesto de setembro dos enfermeiros, que culminou na Assembleia da República, gerou um gasto de 47 mil euros ao Sindicato dos Enfermeiros, que teve de alugar 55 autocarros. Agora, o SE está a pedir 22 euros a cada um dos participantes para conseguir pagar as despesas.

O Sindicato dos Enfermeiros (SE) não tem dinheiro para pagar as dívidas provocadas pela manifestação de setembro, que encerrou uma semana de greves no setor, escreve o Diário de Notícias esta quinta-feira.

O protesto teve uma adesão maior do que era esperada e, por isso, o sindicato sediado no Porto teve de alugar 55 autocarros para transportar 2.150 pessoas, o que gerou um gasto na ordem dos 47 mil euros.

A ideia seria custear a deslocação à capital sem pedir dinheiro aos associados mas agora, avança o DN, a organização sindical está a pedir 22 euros a cada um dos participantes e ainda à espera da aprovação de um empréstimo bancário.

“As empresas dos 55 autocarros fretados, de norte a sul, para transporte dos colegas, reclamam o pagamento que lhes é devido, de que não dispomos, por erro de cálculo nosso e excesso de confiança em quem não devíamos confiar“, explicou o presidente do SE, numa nota publicada no blogue Ser Sindicalista, citada pelo jornal.

Em declarações ao DN, José Azevedo adiantou que “foram sendo alugados autocarros e mais autocarros, à medida que iam ficando cheios, sem ter em conta que o sindicato não tem quotantes para fazer face a estas despesas” e defende que “não se devia ter levado tanta gente a Lisboa com a promessa de não pagarem a viagem – vieram sócios, não sócios e até parteiros – até porque se falaram em patrocínios que não se concretizaram”.

Segundo o jornal, o sindicato já angariou 4.600 euros graças à “generosidade” dos associados e espera ter o empréstimo de 70 mil euros aprovado até ao fim-de-semana.

ZAP //

1 Comment

  1. por aqui se vê a gestão que os sindicatos “sabem” fazer. Se até c/ simples contratação de autocarros eles perdem o controlo imagine-se noutras coisas bem maiores e de mais responsabilidade.

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