O crédito malparado das famílias é maior do que era antes da crise financeira e do resgate financeiro da troika, de 2011. O Banco de Portugal apela a que os bancos acelerem ainda mais a redução de crédito em incumprimento.
Apesar da descida registada nos últimos anos, o crédito malparado representava 9,4% do total de empréstimos no final de 2018. Este valor é mais do dobro da média nos países da zona euro.
O Banco de Portugal mostra-se preocupado com a situação e, segundo o Dinheiro Vivo, pressiona os bancos portugueses a acelerar a redução do crédito em incumprimento, através da venda de carteiras.
Os bancos procuram agora vender estes ativos tóxicos, como foi o caso do Novo Banco, que no final do ano passado, vendeu uma carteira de 2100 milhões de euros. Esta prática tem-se tornado cada vez mais comum, seguindo a sugestão do Banco de Portugal.
Nos últimos três meses de 2018, foram vendidos 3800 milhões de euros de crédito malparado de empresas e outros 1300 milhões do crédito em incumprimento das famílias. Desde o máximo histórico de 2016, o crédito malparado em Portugal recuou 24 600 milhões de euros.
O BdP está também alarmado com a subida de créditos para consumo, que têm aumentado nos últimos tempos. Este tipo de empréstimos a particulares subiu 260 milhões de euros, de janeiro para fevereiro. Como consequência, o endividamento dos portugueses subiu em 100 milhões de euros.
Como forma de limitar o excesso de concessão de créditos à habitação e ao consumo, o Banco de Portugal recomendou um conjunto de regras, que estão em vigor desde julho do ano passado. O supervisor recomenda que a maturidade dos contratos não ultrapasse os dez anos e que a taxa de esforço seja igual ou inferior a 50% do rendimento líquido mensal.
Em Espanha, a situação está igualmente agravada. Esta semana, o Banco de Espanha anunciou também que os bancos espanhóis têm mais crédito em incumprimento do que antes da crise que afetou o país e a Europa.
Grande Costa, tens Razão quanto ao virar da austeridade e o País estar melhor.
que vivas 300 anos
Eh eh eh eh eh…
Estou farto de dizer que o país está longe de se parecer com o que o Costa anda por aí a apregoar. E esta notícia apenas vem confirmá-lo.
O país está novamente de tanga e o problema será nos próximos anos. Com o desacelerar das economias nossas clientes o desemprego por cá vai subir e as receitas fiscais irão cair. Nessa altura quero ver como ficam as contas públicas.
Esta situação é uma “bomba atómica” prestes a rebentar e acabar por criar uma reação em cadeia na e pela Europa toda.
O senhor Costa e companhia apelaram ao consumo, o povo facilmente cai na ilusão e aí está o resultado e muitos irão sofrer directamente na pele as consequências, por fim corremos todos o risco de o país cair de novo no pântano económico com as consequências já mais do que conhecidas por todos.
É um facto que precisamos de consumir, até porque a produção tem de ser escoada. Há coisas que precisamos de repor, compras que necessitamos de fazer, investimentos e aquisições que a crise obrigou a adiar e que agora têm mesmo de ser.
Falo por mim. Em 2016 e 2018 troquei os dois carros do dia a dia da família. Em ambos os casos, e em face do rendimento do agregado, adquiri automóveis semi-novos. Em ambos os casos fiz um crédito a 10 anos. O primeiro paguei-o em 11 meses (é verdade que durante esse tempo comia sandes quase todos os dias). Quanto ao segundo, relativamente ao qual já comecei a fazer amortizações extraordinárias, em caso de azar conseguirei pagá-lo em poucos meses.
Nota: deduzidas as despesas de deslocação e alojamento (e excluindo os créditos da casa e deste novo automóvel), depois de receber fico com bem menos de 1000 euros. A minha esposa ganha bem menos do que isso. Não temos nem negócios escuros nem familiares (ou amigos) especiais.
Em suma: o problema não está nem no crédito, nem no consumo com recurso ao crédito. O problema é mesmo o passo maior que a perna que muitos dão, o não pensar no dia de amanhã e não antecipar imprevistos. Claro que a irresponsabilidade de alguns artistas vendedores de sonhos, apenas preocupados com a própria agenda, orientada para o muito curto prazo, não pode deixar de contribuir para o processo.
Resumindo: vai dar merda?! Ai disso não tenham dúvidas!! Pode demorar mais ou menos. Mas que vai, lá isso vai!!
Eu tenho por hábito não concordar com praticamente nada daquilo que aqui costuma escrever. Neste caso não discordo na totalidade. Apenas saliento que o discurso otimista (irresponsável) do Costa & Cia está a ter os seus resultados. As famílias e as empresas endividaram-se. No entanto, temos pela frente (praticamente certo) uma nova recessão. E agora quero ver como tudo vai ficar. Receitas fiscais a cair a pique; gastos do Estado que entretanto aumentaram em mais de cinco mil milhões aos quais acrescerão mais 2 mil milhões com prestações da segurança social (desemprego, rsi,…). Vai ficar bonito.
Acho mesmo que o Costa deveria ser obrigado a governar nos próximos 4 anos. Mais não seja para se espalhar ao comprido. Sim, porque tudo indica que os ventos ótimos que teve até aqui vão passar a soprar na direção contrária.
Diabo, és tu?!
Meu caro, não é por termos opiniões contrárias que uma ou outra devem ser silenciadas. A pluralidade e o contraditório são a base da democracia. Evidentemente que não espero que todos concordem com o que escrevo. São apenas a minha opinião. Se estou certo ou errado, o futuro o dirá. Mas obrigado pela sua perspectiva construtiva.
Cumprimentos
É isso as pessoas não fazem planos, é sempre também quero , férias não tenho dinheiro mas, vou na mesma amanhã vê-se, porque trabalho não falta eu há 15 anos não tenho férias e não reclamo e até as podia fazer mas é isto e só compro se posso.
Não é nada saudável não tirar umas férias de vez em quando!…
E não é preciso nenhum dinheirão para parar uns dias…