Malásia quer interrogar diplomata norte-coreano por assassínio de Kim Jong-nam

Yonhap / EPA

Kim Jong-nam, meio-irmão do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un

Kim Jong-nam, meio-irmão do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un

Investigadores da Malásia querem questionar um diplomata norte-coreano pelo seu alegado envolvimento no assassínio de Kim Jong-nam, irmão do líder da Coreia do Norte.

A polícia suspeita de cinco norte-coreanos por envolvimento com o assassínio e informou que procura outros três para serem questionados.

Entre os procurados está o segundo secretário da embaixada de Pyongyang em Kuala Lumpur e um funcionário norte-coreano de uma transportadora aérea, disse Khalid Abu Bakar aos jornalistas.

“Escrevemos ao embaixador para que permita que entrevistemos os dois. Esperamos que a embaixada coreana coopere connosco e permita que os entrevistemos rapidamente. Se não, vamos obrigá-los a vir até nós“, afirmou.

Khalid indicou que a polícia acredita que cinco norte-coreanos estiveram “altamente envolvidos” na morte de Kim Jong-nam – quatro homens fugiram do país no dia do crime enquanto um permanece detido na Malásia.

O chefe da polícia disse que duas mulheres também detidas pelo assassínio sabiam que estavam a participar num ataque com veneno, depois das notícias de que acreditavam ser uma partida.

“Sim, claro que sabiam”, afirmou Khalid, quando questionado por jornalistas sobre se as mulheres tinham conhecimento que transportavam uma substância tóxica.

“Viram o vídeo, certo? A mulher estava a afastar-se com as mãos na direção da casa de banho. Estava bem consciente de que era tóxico e de que precisava de lavar as mãos”, garantiu.

Khalid disse que a vietnamita Doan Thi Huong, de 28 anos, e a indonésia Siti Aishah, de 25, tinham sido treinadas para esfregar o rosto do homem, praticando em Kuala Lumpur o exercício que viriam a aplicar no aeroporto.

A polícia indonésia tinha dito anteriormente que a suspeita tinha sido enganada e acreditava que participava num programa televisivo de “apanhados”.

Entretanto, as autoridades malaias confirmaram que houve pelo menos uma tentativa para entrar na morgue onde está o corpo do meio-irmão do líder norte-coreano.

Kim Jong Nam morreu, na semana passada, depois de ter sido aparentemente envenenado no aeroporto de Kuala Lumpur.

O seu corpo tem estado no centro de um conflito diplomático entre Pyongyang e a Malásia, depois de a Coreia do Norte insistir que seja devolvido e de se ter oposto à autópsia.

ZAP // Lusa

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