Mala de secretária de Segurança Interna dos EUA roubada em restaurante. “É o karma”?

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Gage Skidmore / Flickr

Kristi Noem

Kristi Noem, uma das caras das deportações em massa nos EUA, tinha mais de 2.600 euros em dinheiro e a credencial de acesso ao Departamento de Segurança Interna na mala. Porque se fala em “justiça cármica”?

A secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem, confirmou esta segunda-feira que na noite anterior lhe roubaram a mala, na qual além de documentação transportava cerca de 3.000 dólares (mais de 2.600 euros) em dinheiro.

Noem confirmou as informações previamente divulgadas pela CNN, indicando que a situação ocorreu enquanto jantava num restaurante no centro de Washington.

Os responsáveis pela segurança da secretária analisaram as câmaras de vigilância do restaurante e confirmaram que as imagens mostram um suspeito com uma máscara a levar a mala da governante e a sair rapidamente do local.

No interior da mala, além do dinheiro, Noem também tinha a carta de condução, passaporte, as chaves de casa, cheques em branco e a credencial de acesso ao Departamento de Segurança Interna.

Porquê tanto dinheiro na mala?

Fontes do Departamento de Segurança Interna consultadas por outro canal de notícias norte-americano, NBC, esclareceram que Noem tinha consigo uma elevada quantia em dinheiro porque estava a receber a visita da família — incluindo filhos e netos — e tencionava levá-los a jantar fora.

Embora tenha confirmado os factos, Kristi Noem referiu que não podia fornecer mais detalhes do incidente, uma vez que o caso “ainda não está resolvido”.

Os serviços secretos abriram uma investigação para rastrear qualquer utilização dos bens financeiros de Noem, segundo fontes citadas pela CNN.

“Karma”?

A secretária da administração Trump tem estado debaixo de fogo desde a sua chegada ao cargo, sendo uma das caras das deportações em massa a decorrer nos EUA — mas não só por essa razão.

Como Secretária de Segurança Interna, Noem supervisiona uma vasta pasta que inclui a segurança das fronteiras, a aplicação da imigração, a resposta a emergências, a cibersegurança e a supervisão de agências como os Serviços Secretos, a FEMA e a Guarda Costeira.

Kristi Noem também tem recolhido opiniões negativas dentro do Partido Republicano, pelo menos desde que se soube, em abril, que a ex-Governadora da Dakota do Sul matou uma cadela da família.

Na altura um dos nomes mais falados para ser a número 2 de Donald Trump, Kristi Noem admitiu ter matado a wirehair pointer de 14 meses — e uma cabra — no seu livro de memórias. Incluiu a história no livro para mostrar a sua disposição para fazer qualquer coisa “difícil, confusa e feia” se esta precisar de ser feita.

Defensora das leis do aborto, a republicana já tinha estado sob fogo em 2022, quando assegurou que uma criança de 10 anos, que engravidou após ter sido abusada sexualmente, seria obrigada a manter a gravidez e a ter o bebé.

“Por vezes, um poder superior qualquer tem pena de nós e dá-nos um momento fugaz de justiça cármica”, aponta Danya Issawi em opinião sobre o caso no The Cut.

ZAP // Lusa

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