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Fósseis do maior animal marinho de sempre permitem resolver enigma

A descoberta de um ictiossauro gigante no Reino Unido sugere que a baleia azul pode não ser o maior animal que já existiu.

Depois de descobrir os restos de um dos maiores animais que já existiu, um grupo de paleontologistas conseguiu resolver um enigma com mais de 150 anos.

Os fósseis foram encontrados na costa da cidade de Lilstock, na Inglaterra, em maio de 2016, mas ninguém soube identificar a que animal pertenciam. Agora, dois anos depois, a Universidade de Manchester anunciou que os fragmentos ósseos pertencem ao maior animal marinho de sempre.

Segundo a RT, trata-se de um espécime de ictiossauro, uma espécie de réptil na forma de um golfinho que começou a povoar os mares há 250 milhões de anos.

A descoberta foi feita pelo autodidata “caçador de fósseis” Paul de la Salle, quando encontrou um grande pedaço de osso fossilizado enquanto caminhava pela praia. Depois de contactar um grupo de paleontologistas, quatro outros fósseis foram encontrados, e juntos formaram um osso de 1 metro de comprimento.

Esse osso corresponde a parte da mandíbula do animal. A pesquisa seguinte, publicada recentemente na PLOS ONE, datou os fósseis em 205 milhões de anos e determinou que o espécime é 25% maior que o maior ictiossauro já encontrado. Este animal viveu no Período Triássico e era um autêntico rei dos oceanos.

Segundo a investigação, o réptil a quem pertencia o osso podia medir cerca de 26 metros, ou seja, um tamanho muito próximo ao do maior animal da história: a baleia azul, cujo espécime máximo conhecido mede 30 metros.

Os ictiossauros foram extintos há 90 milhões de anos. No entanto, esta descoberta esclarece um mistério que surgiu no ano de 1850, quando foram descobertos ossos de 208 milhões de anos na costa de Aust Clif, no oeste de Inglaterra.

Naquela época, presumia-se que correspondessem a grandes seres terrestres, como dinossauros, uma hipótese que nunca poderia ser provada ou refutada.

Agora o mistério foi finalmente desvendado. Segundo Dean Lomax, investigador da Universidade de Manchester e co-autor do estudo, estes fósseis podem pertencer aos maiores monstros aquáticos da história.

ZAP //

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