O Tribunal da Relação de Coimbra condenou uma mulher a um ano e meio de prisão, com pena suspensa por dois anos, por ter dado duas palmadas ao enteado.
A criança de 11 anos vive com a mãe, mas estava aos cuidados do pai, marido da mulher condenada, quando esta lhe deu as palmadas.
A arguida tinha sido absolvida na primeira instância pelo Tribunal de Leiria, como relata o Correio da Manhã (CM). Mas acabou por ser condenada pelo Tribunal da Relação de Coimbra que considerou que as palmadas foram “claramente desproporcionais e desadequadas ao fim visado“, como cita o jornal.
Os juízes da Relação entenderam que foi “excedido de forma inaceitável o poder/dever de correcção/educação à luz da consciencialização ético-social da actualidade”, como se refere no acórdão de 25 de Outubro que é referido pelo CM.
A madrasta assumiu as palmadas em tribunal, e alegou que “agiu com a intenção de corrigir a atitude desrespeitosa” do enteado. Acabou por ser condenada a um ano e meio de prisão, com pena suspensa por dois anos.
Uma das palmadas foi na perna depois de uma birra do jovem durante uma ida ao dentista.
A outra palmada foi na mão e aconteceu na altura da pandemia, quando a criança estava a fazer os trabalhos de casa “contrariado e lento”. A madrasta chegou a filmar a situação, enviando o vídeo para comprovar a atitude da criança à mãe.
Oxalá que o “menino” não venha ainda a ter que ser julgado e condenado, por atos resultantes da sua falta de socialização e respeito. Ou então, como tantas situações da atualidade, por brutalizar a própria mãe. Por vezes, somos vitimas de nós próprios, em relação aos nossos filhos.