Macron limita ensino do árabe e presença de imãs estrangeiros em França

Ludovic Marin / EPA

O Presidente francês, Emmanuel MacronEmmanuel MacronEmmanuel Macron

Com o objetivo de lutar contra o “separatismo islâmico” em França, o Presidente Emmanuel Macron anunciou o fim do ensino de línguas originais dos filhos de imigrantes nas escolas públicas, ministradas por professores dos países de origem. O alvo são os países muçulmanos, que ministram o árabe e o turco.

De acordo com o Público, o programa de ensino de línguas originais de países muçulmanos, pago por nove governos estrangeiros, vai ser substituído por um de ensino de línguas estrangeiras. O Presidente francês disse ter chegado a acordo com todos os países, exceto com a Turquia.

Macron pretende igualmente acabar com o sistema através do qual países como a Argélia, Marrocos e Turquia enviam líderes religiosos (imãs) para as mesquitas francesas. O país recebe, todos os anos, cerca de 300 imãs. Muitos não falam francês e estão sob suspeita de espalharem ideias radicais.

“Na República, não há lugar para o islão político. Não devemos jamais aceitar que as leis da religião possam ser superiores às leis da República”, declarou o Presidente francês, numa deslocação a Mulhouse, no Leste de França, garantindo que 2020 é o último ano em vigora este sistema.

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No Twitter, a ministra da Educação do anterior Governo socialista, Najat Vallaud-Belkacem, garantiu que ela própria tinha lançado o fim do programa de línguas de países muçulmanos (que Portugal integrava) em 2016.

Já o atual ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer, respondeu na rádio Franceinfo que o fim do programa “foi pensado pelo Governo anterior, mas apenas foi terminado com Portugal e a Tunísia“. “Vamos fazê-lo com todos os países, de verdade”, assumiu.

A líder da extrema-direita, Marine Le Pen, tem criticado constantemente Macron pela falta de integração da população muçulmana francesa.

ZAP //

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