A pouco tempo das eleições para a Grande Loja Legal de Portugal, Júlio Meirinhos afastou o vice-grão-mestre, José Motta Veiga, acusando-o de querer ocupar o seu lugar e de fazer campanha nas lojas às escondidas.
Vive-se um clima de tensão na Grande Loja Legal de Portugal (GLLP). O socialista e grão-mestre Júlio Meirinhossuspendeu o seu vice-grão-mestre, José Motta Veiga, maçon da Loja Anderson, alegando falta de confiança.
De acordo com a Visão, o desentendimento acontece a pouco tempo das eleições e Motta Veiga será um dos candidatos. Num dos decretos da demissão, Meirinhos acusa-o de fazer campanha eleitoral à revelia, nomeadamente numa loja maçónica no Algarve.
“Há pessoas que são melhores para umas funções do que outras”, disse Júlio Meirinhos à Visão, garantindo porém que esta demissão nada tem a ver com as eleições.
Contudo, o decreto contraria o seu argumento, já que no documento pode ler-se que Motta Veiga andava “em campanha eleitoral” sem que o “período eleitoral estivesse aberto“.
Além disso, consta que, no dia 21 de fevereiro, Motta Veiga convocou uma reunião com o grande secretário, assumindo o cargo de grão-mestre interino, numa altura em que Meirinhos se encontrava fora do país. Motta Veiga terá tomado esta atitude “sem o consultar” e para tentar evitar a publicação do primeiro decreto que previa a sua demissão.
Esta ordem foi contestada internamente tendo causado um clima de tensão dentro da maçonaria. O decreto em causa foi contestado por não respeitar algumas normas.
Por isso, Meirinhos emitiu um segundo decreto, no dia 22 de fevereiro, no qual acusa Motta Veiga “de falta de lealdade” e de ter tentado assumir o papel de grão-mestre.