Goleada das grandes, na visita ao Luxemburgo. Com grande apoio dos emigrantes lusos, a formação das “quinas” venceu por 6-0 e assentou o resultado gordo numa primeira parte de grande nível, na qual criou ocasiões e converteu-as com grande eficácia.
Os homens da casa não se fecharam tanto como o Liechtenstein e pagaram um preço elevado e nem as melhoras no segundo tempo evitaram o descalabro.
Cristiano Ronaldo (2), João Félix, Bernardo Silva, Otávio e Rafael Leão marcaram os golos. Foram dez tentos marcados e nenhum sofrido numa dupla jornada de qualificação muito positiva.
Grande arranque de Portugal, perante um adversário que concedeu bem mais espaços que o Liechtenstein em Alvalade.
Aos nove minutos o 1-0, pelo inevitável Cristiano Ronaldo, a concluir após uma assistência de cabeça de Nuno Mendes.
Aos 15 foi a vez de João Félix facturar, num belo cabeceamento após um cruzamento milimétrico de Bernardo Silva. Tudo corria bem e ao quarto-de-hora os três pontos estavam praticamente no bolso.
Roberto Martínez procedeu a alterações no “onze” em relação ao primeiro encontro, com as entradas de António Silva, Nuno Mendes e Diogo Dalot para as vagas de Gonçalo Inácio, Raphaël Guerreiro e João Cancelo.
De resto o mesmo figurino, incluindo com João Palhinha a “trinco”, com o médio a fazer o passe extraordinário para o 3-0, que Bernardo Silva apontou de cabeça, decorria o minuto 18. Três remates, três golos.
O festival prosseguiu aos 31 minutos, com o bis de Ronaldo para o 4-0, a concluir assistência de Bruno Fernandes, ao quarto disparo luso, e o domínio era absoluto. O MVP ao descanso era Cristiano Ronaldo.
O capitão da seleção apresentava um extraordinário GoalPoint Rating de 8.4, fruto de dois golos marcados, dois remates enquadrados em três e quatro acções com bola na área contrária.
No segundo tempo os luxemburgueses reorganizaram-se e, apesar de não terem impedido a superioridade portuguesa, ao menos tiveram o condão de reduzir bastante a quantidade de ocasiões de golo criadas pela formação das “quinas”.
O jogo tornou-se menos bem jogado, mais confuso, mas, ainda assim, Portugal conseguiu ampliar. Aos 78 minutos, dois recém-entrados (dois minutos antes) protagonizaram o 5-0. Rafael Leão cruzou da esquerda e Otávio saltou e cabeceou com sucesso.
Aos 83 foi Rúben Neves, que também começou no banco, a acertar na barra, num livre directo, e pouco depois, Rafael Leão desperdiçou uma grande penalidade, permitindo a defesa de Anthony Moris.
Contudo, o avançado do Milan redimiu-se aos 88 minutos, após fugir pela esquerda, flectir para o meio, passar dois adversários e rematar colocado.
Melhor em Campo
“Quero estar no EURO 2024”, disse CR7. E a verdade é que está a mostrar condições para tal.
Cristiano Ronaldo foi o melhor em campo no Luxemburgo, com um GoalPoint Rating de 8.4, fruto de dois golos marcados em apenas três remates, dois enquadrados, tendo ainda acumulado quatro acções com bola na área contrária e um passe para finalização. Saiu por volta da hora de jogo.
Resumo
// GoalPoint
Vitória pela margem mínima, 0-1. Cinco a zero contra o Luxemburgo é empate. Já hoje a Islândia deu 7-0 ao Liechtenstein. Nós só conseguimos dar 4. Estamos a jogar pouco. Com um adversário forte vamos ter decepções.
Mais um expert da tasca…
Começamos com dois jogos atípicos. No primeiro, jogámos contra 11 defesas, rematámos dezenas de vezes e só acertámos 4; no segundo, nas 3 primeiras ocasiões marcámos 3 golos (100% de aproveitamento), em menos de 20 minutos! Isto não prova grande coisa nem dá grandes lições para o que vem a seguir. Quanto há questão dos 3 defesas, parece-me que essa táctica pode ser boa nalguns jogos, mas não deveria ser a regra porque tira um jogador da frente – e é na frente que temos os melhores jogadores, que marcam golos ou criam as ocasiões para isso.