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Lufthansa aceita condições do resgate. Vai ceder aviões e perder “slots”

Oliver Lang / EPA

O Governo da Alemanha e a Comissão Europeia (CE) chegaram a um acordo sobre o resgate da Lufthansa e que poderá evitar a falência da companhia aérea, anunciaram, na sexta-feira, fontes próximas das negociações e de Bruxelas.

Várias fontes disseram à France-Presse que este compromisso prevê, sobretudo, que a Lufthansa ceda oito aviões a empresas concorrentes, assim como os direitos de aterragem e descolagem associados, confirmando as informações do diário Handelsblatt, que indicava que o acordo incluiria menos do que aquilo que tinha sido pedido pela Comissão Europeia.

Em comunicado citado pelo jornal Observador, a companhia aérea revela ainda que terá de ceder vários dos “slots” que detém nos aeroportos de Munique e Frankfurt.

Na quarta-feira, o conselho de supervisão da Lufthansa recusou aprovar o plano de resgate de nove mil milhões de euros e que prevê o regresso do Estado ao capital do grupo.

O diário alemão noticiava ainda que o acordo entre Berlim e Bruxelas poderá ser validado na segunda-feira pela companhia aérea, que é uma das maiores do mundo.

A Comissão Europeia negou, na sexta-feira, estar a criar obstáculos ao resgate pelo Governo alemão da Lufthansa, devido às dificuldades criadas pela covid-19, mas exigiu a criação de remédios para minimizar “a distorção da concorrência” comunitária.

“Não, não estamos a criar obstáculos adicionais, o que estamos a fazer é que quando uma companhia — e isso pode ser qualquer uma — com poder de mercado é sujeita a uma recapitalização superior a 250 milhões de euros, que [nessa situação] a distorção da concorrência seja compensada com remédios”, declarou a vice-presidente executiva da Comissão Europeia Margrethe Vestager.

ZAP //

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