A Lua tem uma cauda longa, quase invisível, muito parecida com a de um cometa. A descoberta foi feita no final da década de 1990, mas os cientistas só agora conseguiram entender o motivo.
Como não tem uma atmosfera para a proteger, a Lua é um corpo celeste constantemente sob ataque. Quando vento solar, fotões e meteoros atingem a sua superfície vulcânica, são libertados átomos de sódio (Na) do regolito.
Os fotões do Sol colidem com esses átomos, empurrando-os para longe da nossa estrela e criando, assim, uma estrutura muito semelhante a uma cauda que flui da Lua – ou, como escreveram os cientistas, “uma longa cauda em forma de cometa oposta ao Sol”.
Durante alguns dias a cada mês – quando a Lua nova se move entre a Terra e o Sol – a cauda “espalha-se” no lado voltado para o Sol. A gravidade do nosso planeta comprime essa corrente de sódio, estreitando-a num feixe, invisível a olho nu.
“Este fenómeno tem uma aplicação prática? Provavelmente não”, esclareceu Jeffrey Baumgardner, principal autor do estudo e investigador do Centro de Física Espacial da Universidade de Boston, nos Estados Unidos ao The New York Times. “Faz a lua parecer um cometa”, disse.
Como a cauda é extremamente difusa, não envia nenhuma partícula de pó de sódio na nossa direção, explica ainda o Interesting Engineering.
Este raio de Lua pode ser observado com câmaras especiais como um ponto no céu crepuscular. Desde que a cauda e o seu feixe foram vistos pela primeira vez, no final da década de 1990, os cientistas questionam-se acerca do mecanismo que controla o seu brilho.
Este novo estudo, publicado no dia 28 de janeiro na Advanced Earth and Space Science, confirmou que 14 anos de observações sugerem que meteoros, nomeadamente os de maiores dimensões e mais rápidos que bombardeiam aleatoriamente a Lua, podem explicar o que controla a sua cintilação.
Com cometas e rabo comprido estamos a ver que a Lua também já deu em GAY!