Liz Truss: “Peço desculpa, fomos longe demais. Mas vou ficar”

EPA/Carlos Jasso / POOL

Liz Truss durante conferência de imprensa

Primeira-ministra do Reino Unido reconhece erros em pouco mais de um mês de governo mas assegura que está focada na continuidade.

Bastou pouco mais de um mês para o mandato de Liz Truss enquanto primeira-ministra do Reino Unido “abanar” substancialmente.

Os impostos iriam ser alvo de um corte enorme (que iriam beneficiar maioritariamente os mais ricos), mas depois houve recuo e Kwasi Kwarteng já nem é ministro das Finanças.

Mesmo entre contestação interna no Partido Conservador, Truss assegura que vai continuar, mesmo tendo cometido erros nestas primeiras semanas.

Erros que foram admitidos pela própria líder, na BBC: “Reconheço que cometemos erros. Fomos longe demais e depressa demais. Peço desculpa por esses erros, mas já os corrigi. Nomeei um novo ministro, restaurámos a estabilidade económica e a disciplina orçamental”

A prioridade é o povo britânico, garantiu: “O que quero fazer agora é continuar a trabalhar para o público. Fomos eleitos e estou determinada a cumprir o mandato“.

Com foco na energia: “Agora é a hora de nos focarmos, de garantirmos que vamos levar até ao fim o nosso pacote de apoio energético. Antes de chegarmos, as pessoas enfrentavam contas de luz de até 6 mil libras. Implementámos agora a garantia do preço de energia, temos uma reversão do aumento da Segurança Social… É com isso que estou preocupada, enquanto primeira-ministra”.

Jeremy Hunt, novo ministro das Finanças, não tem dúvidas de que Liz Truss é a pessoa indicada para liderar o país. E acrescentou: “Somos um país que financia as promessas que faz e paga as suas dívidas. Quando isso é colocado em questão, como tem sido, este governo toma as decisões necessárias para garantir que haja confiança nas nossas contas públicas. E isso implica decisões muito difíceis”.

As próximas eleições legislativas estão marcadas para daqui a dois anos e Truss assegurou que vai continuar a liderar os conservadores até lá.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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