Dois pólos opostos num tango eleitoral: Rui Tavares, à esquerda, André Ventura, à direita. O primeiro obrigou o adversário a falar do seu programa eleitoral de nove páginas, o segundo tentou colar o fundador do Livre à irresponsabilidade.
Sem rodeios, Rui Tavares tomou a palavra antecipando o registo que André Ventura tem adotado nos debates que antecedem as eleições legislativas.
“Estou muito contente por estar aqui, frente a um candidato do sistema apadrinhado por ministros e primeiros-ministros do Governo anterior, de clubes de futebol e de alguma comunicação social mais sensacionalista”, atirou o fundador do Livre.
Munido das “nove páginas do programa eleitoral do Chega”, “que não é uma coisa que se apresente ao país”, Tavares elencou algumas palavras que estão em falta.
“Cidades; interior; universidade; mar; ambiente; Constituição; presidencial; Parlamento; Assembleia; deputado; poluição; língua portuguesa; e violência doméstica” aparecem um total de “zero” vezes ao longo do documento.
O cabeça de lista do Livre por Lisboa acrescentou ainda que “mesmo das coisas que lhe interessam, como a mudança da Constituição porque quer implementar a IV República”, o partido de André Ventura não tem qualquer medida para o tema no programa.
O líder do Chega contra-atacou e tentou usar a desvinculação de Joacine Katar Moreira para melindrar o adversário.
Rui Tavares “nunca foi eleito”, “não devia estar aqui porque o Livre não tem representação parlamentar”, atirou Ventura.
Recorde-se que, apesar de não ter representação parlamentar, o Livre tem permissão para debater com os restantes partidos com assento parlamentar por ter elegido um deputado nas últimas eleições legislativas.
De volta aos programas eleitorais, foi a vez do líder do Chega defender que o programa do Livre volta a trazer “um debate de feridas à sociedade portuguesa”, dizendo que o partido “quer devolver a arte às colónias” e que é uma “humilhação para os ex-combatentes”.
Criticou ainda o Livre por defender o “subsídio de desemprego para quem se despede” e a ausência de pulso firme contra a corrupção: “Vocês preferem ver Salgados e Sócrates soltos.”
A imigração marcou também presença no debate, com Ventura a acusar o Livre de defender “acabar com as fronteiras”. “E nós somos os estúpidos de serviço que estão cá para pagar.”
“É o programa mais irresponsável que já vi na vida“, concluiu.
Esta quinta-feira à noite, sentam-se frente-a-frente António Costa (PS) e André Ventura (Chega), num debate com transmissão na RTP1 a partir das 21h, e Catarina Martins (BE) encontra-se com João Cotrim Figueiredo (IL), na SIC Notícias, às 22h.
Nao devem estar a falar do mesmo debate que foi visto ontem…Mais uma vez, pura manipulação jornalística. Os media sabem bem como manipular as opiniões…Democracia á Portuguesa. E nao sou fã do Ventura…mas o que vi, em nada se assemelha ao que este artigo parece fazer crer.
“Mais uma vez, pura manipulação jornalística.”
E nao sou fã do Ventura…mas o que vi, em nada se assemelha ao que este artigo parece fazer crer.”
Então deves ter visto o debate errado; só pode!…
pois não, foi muito melhor do que o artigo diz, o peixeiro de serviço apenas sabe vomitar uma série de chavões e mentiras que se destinam aos mentecaptos do seu partido. O Rui Tavares começou logo a bater chamando-lhe homem do sistema apoiado por clubes de futebol e empresários à volta com problemas na Justiça. Depois atirou-lhe à cara que o Programa do Chega é de apenas 9 páginas e assim foi, o debate todo, e como um senhor Rui Tavares nunca se exaltou e tirou o tapete ao peixeiro. Este ainda falou que ““quer devolver a arte às colónias” fugindo-lhe a boca para o que pensa dos países africanos dado que Portugal desde 1975 que não tem colónias, só, ex-colónias.
O Facho foi arrasado por um democrata contra o corrupto apoiado pelo Filipe Vieira o maior corrupto de portugal de quem ele fez parte estava a pensar que estava na CMTV.
Bem… neste debate o Ventura apanhou um banho de bola dos grandes. Não dou nada por este Rui Tavares mas tenho de admitir que a estratégia que usou é a melhor para argumentos de tasca geralmente usados pelo Andrézito.
Nao concordo nada com o que aqui é dito, e nem com a análise feita. Realmente como somos diferentes e assim mais uma vez entendo a nossa fraca produçao em todos os niveis de trabalho.Estamos na cauda da Europa como bem sabem.