Líder do Daesh fez-se explodir no sul da Síria

(cv)

Terroristas com a bandeira do Estado Islâmico

O líder do Daesh, Abu al-Hasan al-Hashimi al-Qurashi, morreu numa operação realizada por rebeldes na província de Deraa, no sul da Síria, anunciaram os Estados Unidos (EUA) na quinta-feira. O grupo, que se autodenomina Estado Islâmico (EI), noticiara a morte na quarta-feira.

O falecido, que fora nomeado “califa” em março, morreu em outubro numa “operação realizada pelo Exército Livre da Síria na província de Deraa, na Síria”, afirmou o porta-voz do Comando Central (CENTCOM) das Forças Armadas dos EUA, Joe Buccino, num comunicado.

Na sua breve nota, sublinhou que o Daesh continua a representar uma “ameaça” para a região e reiterou o compromisso do CENTCOM e dos seus aliados na luta antiterrorista na região.

De acordo com a agência Reuters, al-Qurashi ter-se-á feito explodir, no momento em que notou que ele e outros combatentes da célula terrorista estavam cercados, na cidade de Jasem.

A declaração refere-se genericamente ao “Exército Sírio Livre”, formado por militares que se rebelaram, meses após a eclosão da revolta na Síria em 2011, para lutar contra as forças leais ao Presidente Bashar al-Assad.

No entanto, anos atrás, o grupo descentralizou-se e os seus componentes perderam influência, razão pela qual desde 2019 se tornaram o Exército Nacional Sírio, uma coligação de fações pró-turcas.

Washington parece ter escolhido este termo para se referir aos rebeldes remanescentes que ainda operam em Deraa, onde têm travado fortes campanhas contra o Daesh nos últimos meses, e contra as tropas do Governo sírio nas áreas da província que controlam.

Os EUA lideram uma coligação internacional de combate ao Daesh na Síria e no Iraque. Os dois líderes anteriores do grupo foram mortos em operações das tropas americanas na província de Idlib, último reduto da oposição no noroeste da Síria.

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, indicou quarta-feira, durante uma conferência de imprensa, que a morte de Al-Qurashi “não foi resultado de uma ação dos Estados Unidos”. Na altura nem ela nem o grupo jiadista deram detalhes sobre as circunstâncias da morte.

O Daesh limitou-se a anunciar a perda e a nomear Abu al-Hussein al-Husseini al-Qurashi como seu sucessor numa transmissão de áudio da produtora audiovisual Al Furqan, ligada ao grupo.

Lusa //

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