O alegado responsável da célula ‘jihadista’ desmantelada esta semana na Bélgica continua em fuga, confirmou neste domigo o ministro da Justiça belga, Koen Geens, sem desmentir a informação avançada pelos media segundo a qual este homem poderá estar na Grécia.
“Efectivamente, é esse o caso”, afirmou Geens em resposta a um jornalista do canal flamengo VRT, que questionou o responsável sobre se o responsável pelos atentados continua em fuga.
No âmbito desta operação, o ministro enalteceu a detenção de quatro homens efectuada no sábado em Atenas, a capital grega.
“As detenções que ocorreram no sábado ainda não permitiram apanhar o responsável. Continuamos a procurá-lo activamente e acredito que seremos bem-sucedidos”, disse o responsável do executivo belga.
No sábado, militares belgas começaram a assumir a vigilância de locais considerados sensíveis na Bélgica, nomeadamente em Antuérpia, onde vive uma importante comunidade judaica, após o desmantelamento na quinta-feira de uma célula terrorista que preparava atentados no país.
Já esta manhã, as autoridades belgas desmentiram ligações entre a célula ‘jihadista’ desmantelada esta semana no país e a detenção no sábado de quatro pessoas em Atenas, na Grécia.
A imprensa belga noticiou no sábado que a célula islamista desmantelada quinta-feira na Bélgica seria coordenada a partir da Grécia por um ex-combatente ‘jihadista’ regressado da Síria.
Na tarde de sábado, a polícia grega deteve quatro pessoas que se suspeitava estarem relacionadas com o caso belga, mas não foi possível confirmar que o presumível chefe da rede ‘jihadista’ belga estivesse entre os detidos.
Segundo informações policiais fornecidas à imprensa grega, as características de um dos detidos num bairro de Atenas coincidiam com a descrição feita pela Bélgica.
A polícia grega recolheu amostras de ADN e impressões digitais para enviar para Bruxelas a fim de confirmar a sua identidade.
Os meios belgas noticiaram no sábado que o suspeito de dirigir a célula terrorista teria mantido contactos telefónicos com o irmão de um dos alegados terroristas que morreram em Verviers.
O porta-voz da investigação não confirmou a identidade do suposto cérebro da célula belga.
Uma operação antiterrorismo realizada na quinta-feira pela polícia em várias cidades da Bélgica resultou na detenção em Verviers de um suspeito e na morte outros dois presumíveis ‘jihadistas’, que alegadamente planeavam ataques.
Cinco pessoas foram formalmente acusadas de “participação em actividades de um grupo terrorista” e três delas ficaram em prisão preventiva.
/Lusa