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Associação de defesa dos direitos LGBTI apresenta queixa na ERC contra Manuela Moura Guedes

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A ILGA vai apresentar queixa na Entidade Reguladora da Comunicação contra a comentadora Manuela Moura Guedes por esta ter promovido a “desinformação”.

Em causa estão as declarações de Manuela Moura Guedes de segunda-feira, no seu espaço de comentário no Jornal da Noite da SIC, em relação às pessoas intersexo e à ação de formação dada por uma associação LGBTI numa escola do Barreiro.

“O I é a ideologia, é intersexo. Intersexo é o tal it, não sabes, tu não és definido biologicamente, tu és aquilo que tu quiseres ser. É uma construção social que é uma tolice“, disse Manuela Moura Guedes.

Manuela Moura Guedes afirmou não entender porque é que as aulas de cidadania, que têm planos pedagógicos aprovados pelo Ministério da Educação, não são dadas pelos professores. Há cada vez mais casos, tornados públicos, de “visitas de estudo” e “sessões de esclarecimento” onde os oradores são membros de associações LGBTI.

“Nos últimos anos, o trabalho incansável das Organizações Não Governamentais de Direitos Humanos – que funcionam maioritariamente sem recursos e com o apoio indispensável de pessoas voluntárias – tem sido essencial para garantir que vivemos numa sociedade mais igualitária. Este trabalho não se faz só com reuniões parlamentares para alterar as leis. Este trabalho implica o diálogo constante com a sociedade civil“, começou por explicar a associação de defesa dos direitos das pessoas LGBTI, citada pelo Expresso.

“Cabe grandemente a estas associações substituírem-se ao Estado numa responsabilidade que é de tod@s: o apoio às muitas vítimas da homofobia e da transfobia e a garantia de que as pessoas LGBTI podem viver em igualdade, protegidas da violência, longe do isolamento, do silêncio e da vergonha. Descredibilizar esta ação e promover a desinformação e a fuga à verdade num programa informativo de âmbito nacional e de grande alcance é colocar em causa longos anos de conquistas pela igualdade no nosso país, numa clara contradição dos princípios que regem a atividade jornalística”, escreve a ILGA.

A ILGA anunciou que irá pedir um direito de resposta. “A desinformação, a discriminação e o discurso de ódio não podem mais ter lugar em canais públicos ou privados de comunicação. Em qualquer circunstância e em qualquer formato, há que denunciar sempre, seja junto das autoridades competentes, seja no nosso Observatório da Discriminação”.

Ao Expresso, disse que estava a comentar e que tinha direito à opinião. “Tenho direito à minha opinião. É surpreendente que uma associação como a ILGA, que defende a liberdade de orientação sexual, não defenda a liberdade de expressão.”

No ano passado, o Parlamento aprovou a nova lei da identidade de género, na qual ficaram proibidas as cirurgias intersexo em bebés à nascença – quando as crianças nascem com os dois genitais ou com características físicas dos dois sexos e são os pais que escolhem qual o género com que devem ficar -, a não ser que sejam necessárias por motivos de saúde.

ZAP //

18 Comments

  1. O LGBTI, onde milita a maior parte do BE, sente que chegou o momento de aplicar o “politicamente correto” a que não pensa como eles. E querem desde já arregimentar mais seguidores nas escolas lavando a cabecinha às criancinhas.

  2. Esses grupos doentes tentam tal como os pastores das igrejas sem crédito algum , introduzir pela força da palavra , a doença nos outros . A ciência ainda nada prova que existe normalidade desses pensamentos . Por isso essa gente tem de respeitar aqueles que os acham uns seres doentes a precisarem de tratamento psiquiátrico . Não podem andar nas ruas e aproveitando-se dos jovens a vender o peixe que a natureza não criou no ser humano . Vão ao jardim Zoológico vender essas conferências aos animais , pode ser que algum consiga aderir a essas ideologias dementes . Expulsem essa gente das escolas , já .

    • Só não percebi porque essa paneleiragem anti-natura tem que ir ás escolas e ainda cobraram bilhete para lá ir. Vão ao centro de saúde que oferecem camisas de vénus não precisam de cobrar euros para comprar preservativos. Qualquer dia também vão nas escolas associações tipo a saúde pela canabis e cobram uns euros pelas palestras e no fim vendem uns charros aos putos já é só o que falta neste país. CHAMAM A ESTA M***** DEMOCRACIA?
      PS: Deviam era ser enrab……por uma baleia azul!

  3. Existem Profissionais Licenciados para educação, Programa Nacional de educação discutido e aprovado por Profissionais Doutorados e aprovados pelo Ministério da Educação, logo a Educação dos nossos jovens deve continuar entregue apenas aos Profissionais com formação reconhecida pelo Ministério da Educação (o que é correcto e reconhecido) e aos seus Encarregados de Educação.
    A interferência nas escolas de quaisquer outras Pessoas, Grupos ou Organizações Não-Governamentais (sejam quais forem e que acredito serem sempre muito bem intencionadas), considero ser uma grave violação aos direitos dos menores e ao seu saudável crescimento, violação ás Regras do Ensino e uma violação dos direitos dos seus Encarregados de Educação, condicionando os valores morais e cívicos, que queiram transmitir aos seus Educandos.
    Á interferência de terceiros sem formação e sem autorização paternal, na educação de menores, considero um crime e abre gravíssimos precedentes para que qualquer indivíduo ou grupo possa condicionar os valores que os Encarregados de Educação querem transmitir aos seus filhos, correndo o risco de provocar possíveis confusões, disfunções de entidade ou mesmo psicológicas graves, com a apresentação de temas para os quais os menores não estejam preparados, não esquecer que cada pessoa é diferente.
    Sessões de esclarecimento de Pessoas, Grupos ou ONG´s em escolas por mais bem intencionadas que sejam, são uma interferência e grave falha no sistema Educacional, que julgo devem ser PROIBIDAS até regulamentação.
    Caso crie legislação adequada para que uma Pessoa, Grupo ou ONG possa apresentar algum tema nas escolas, e as entidades Escolares, Ministério da Educação julguem o tema urgente, prioritário e de grande importância, devem ser salvaguardados e analisados os seguintes requisitos:
    1º – Existir analise, discussão e posterior aprovação pelo Ministério da Educação, do programa ou temática a ser apresentada e analisada nas ditas sessões para nível Nacional, classificando para que idades será apresentada???;
    2º – Devem as Pessoas, Grupos ou ONG´s apresentar oradores com qualificações académicas comparáveis ás dos Profissionais de Educação ou então corremos o riscos de deseducar e criar erros para a vida toda do menor ;
    3º – Aos Encarregados de Educação deve ser SEMPRE e antecipadamente apresentado o tema a discutir e se autorizam os seus menores a participar nas ditas sessões extra-curriculares, devem ser sempre salvaguardados os direitos de opinião dos encarregados de educação.

    Não esquecer que a liberdade das ONG’s, que bem e por tanto lutam, termina onde a liberdade de cada um começa, os direitos são iguais para todos e não apenas para as ditas ONG´s.

  4. Essas organizações deveriam tentar mudar a opinião a quem tem opinião formada, e não a crianças que ainda não a têm ou estão a descobri-la. Pois o suposto perigo não parte de crianças, mas de adultos desinformados.

  5. Concordo plenamente com Manuela..dão demacida importância a este assunto..tudo tem seu tempo não acho necessário abordar estes assuntos com as crianças.. Deixe as crianças usufruírem da sua inocência necessária.

  6. Tenho dois filhos menores e se isso acontecer sem me ser previamente pedida autorização, apresentarei queixa no sítio correto. Quanto a minha resposta ao pedido é não. Porque? Porque não.

  7. Para mim isto é o triste sinal de uma sociedade decadente e narcisista onde alguns passem os dias obcecados com as suas próprias identidades de género (muitos nem sequer conseguem descobrir essa parte), quando poderiam levar uma vida bem mais produtiva na condição de Humanos!
    E Humano devia ser suficiente, sem esta sopinha de letras irrelevante…
    Assim, não posso aceitar que um bando de narcisistas pretenda fazer uso do ensino publico como veiculo da sua aceitação… Ridículo!

  8. Tá na hora é de parar estes ditadores e ditadoras. Isso é que tem de ser feito. E cabe a cada cidadão que não concorda de se manifestar. Não se calar. Porque esta malta defende a liberdade mas são os primeiros a nao aceitar quem tem opinião contrária. Era o que faltava!

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