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Leões fazem história com Pote cheio na Choupana

GREGÓRIO CUNHA/LUSA

Leão atacou o pescoço na 2.ª parte e “matou” o jogo. Maior derrota de sempre do Nacional na Choupana (6-1). Pote e Gyokeres lideram juntos lista de marcadores à 2.ª jornada.

Lotação esgotada no Estádio da Madeira, Funchal,  para ver uma das maiores vitórias do Sporting de sempre na Choupana: a última goleada desta magnitude tinha sido há 90 anos, na época 1934/35, em que os leões “espetaram” 7-2 ao Nacional. Não perdiam com os madeirenses desde 2011, há 21 jogos. Desta vez não foi diferente — antes pelo contrário.

Depois de se estrear na Liga com uma vitória (3-1) na receção ao Rio Ave, ainda de ressaca do desaire na reviravolta histórica do FC Porto que ‘roubou’ a Supertaça aos leões, a formação de Rúben Amorim chegou à Choupana com baixa de última hora, Hjulmand, mas também sem Nuno Santos e St. Juste — e começou por levar uma “chapada” para acordar da formação de Tiago Margarido.

O Nacional entrou bem. Ameaçou a baliza do Sporting logo nos primeiros segundos, com Luís Esteves — o melhor alvinegro nesta tarde para esquecer — a rematar fora de área e logo de seguida ganhou canto e rematou, para fora. Mas foi sol de pouca dura.

O Sporting rapidamente conquistou espaço na metade do campo dos alvinegros e o primeiro golo não tardou a surgir.

Tudo começou com Gonçalo Inácio: entregou a redonda ao capitão Daniel Bragança que assistiu Pedro Gonçalves, que já leva mais golos (4) do que jogos (3) esta época.

E o Sporting, com a vantagem mínima, não amoleceu. Continuou a massacrar à procura do segundo tento, que quase chegou dos pés de Francisco Trincão e do novo menino de ouro Geovany Quenda.

As ameaças dos madeirenses pareciam quase todas em vão, mas iam chegando à baliza de Kovacevic, chamado ao serviço para travar dois lances perigosos perto da meia hora de jogo. Os alvinegros insistiram e a sorte chegou.

Matheus Dias encontrou Nigel Thomas em velocidade e o ex-Paços de Ferreira rematou para o fundo das redes pela primeira vez de preto e branco, mas os leões, com mais fome, mantiveram-se por cima do jogo.

À entrada dos 40′, Francisco Trincão, que já tinha tirado tinta à barra, combinou com Pote para dar vantagem aos leões, no seu 100.ª jogo pela formação de Rúben Amorim.

Leão “foi ao pescoço” na 2.ª parte

Depois de 45 minutos quentinhos, esperava-se resposta do Nacional, que na primeira parte disse sempre “presente” na hora de criar perigo. Mas o Sporting “matou” o jogo.

Bastaram cinco minutos para as redes balançarem uma quarta vez. Quenda caiu à entrada da área do Nacional depois de puxar para o meio em velocidade e o “vilão” Viktor Gyokeres não vacilou na marca de grande penalidade. Segundo golo no segundo jogo para o furacão sueco.

O Nacional quis reagir e mexeu na equipa com três substituições de rajada. Tentava forçar uma linha de 5 defesas, em bloco baixo, mas a cabeça dos jogadores do Nacional já não queria nada com o jogo: os madeirenses nunca mais saíram do buraco — só caíram mais fundo.

Aos 57′, Geny Catamo — que até então não estava a aparecer no jogo — fez o que queria com o distraído Matheus Dias, que hesitou pelo lado esquerdo e deixou o extremo sportinguista penetrar a pequena área sem dificuldades pela linha de fundo, onde entregou a Trincão para o 4-1.

A sentir cada vez mais dificuldades na formação alvinegra, Rúben Amorim não ofereceu misericórdia. Nem dez minutos passaram, Daniel Bragança já fazia o quinto. Golaço do capitão, que tirou dois de preto e branco do caminho. Pote assistia pela segunda vez em tarde de massacre.

E a tarde já começava a cheirar a histórica. Depois de vacilar na cara do golo, Gyokeres bisou com bomba na gaveta. Foi presente em profundidade do belga Debast para igualar o ‘tropa’ Pote e Fujimoto, do Gil Vicente — que fez hat-trick esta sexta-feira — na liderança de marcadores da Liga. Sem hipóteses para Lucas França — que quase cedia o hat-trick ao sueco. Salvou-o o poste outra vez.

Tomás Guimarães, ZAP //

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