O leite deveria estar mais caro, avisam produtores

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Aprolep salienta que os produtores portugueses receberam, em dezembro, 45,8 cêntimos por kg – são menos 9 cêntimos da média comunitária.

A Associação dos Produtores de Leite de Portugal (Aprolep) pediu à indústria e à distribuição para “acompanharem a tendência europeia, aumentando o valor de aquisição” ao produtor, bem como apoios ao investimento ao abrigo do PEPAC.

Em comunicado, a Aprolep assinalou que os produtores de leite em Portugal receberam, em dezembro, um preço médio de 45,8 cêntimos por quilograma de leite, “cerca de nove cêntimos abaixo da média comunitária”.

“A Aprolep alerta que é importante indústria e distribuição acompanharem a tendência europeia, aumentando o valor de aquisição do leite ao produtor, para garantir a sobrevivência do setor e o abastecimento de leite produzido em Portugal“, regista a associação no documento.

Os produtores assinalam que, na maioria dos casos, o atual preço do leite “permite pagar as despesas correntes de produção, mas não é suficiente para efetuar investimentos” que possibilitem aumentar a competitividade e eficiência das vacarias, proteger o ambiente ou melhorar as condições dos animais e dos agricultores e trabalhadores.

“É cada vez mais difícil encontrar mão-de-obra qualificada e disponível, pelo que é necessário automatizar os sistemas de alimentação e ordenha”, assinalam.

Para dar resposta aos desafios no setor nos últimos anos — face ao preço baixo e custos elevados –, a Aprolep sugere que, “no âmbito do PEPAC [Plano Estratégico da Política Agrícola Comum], sejam disponibilizados apoios ao investimento, que neste momento estão apenas disponíveis para jovens agricultores”.

// Lusa

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