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Leiria com milhões de euros “perdidos” na Taça da Liga

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Carlos Paes / Wikimedia

Estádio Municipal de Leiria – Dr. Magalhães Pessoa

Prova vai ter as bancadas vazias. Presidente da Câmara Municipal de Leiria falou sobre os impactos financeiros nas receitas e nas despesas.

A Taça da Liga mudou-se para Leiria. Depois de Braga, será a cidade do rio Lis a receber as meias-finais e a final da competição, até 2023. No entanto, quando o município local se candidatou a esta prova, não sabia que iria ter o estádio com cadeiras vazias. É o que vai acontecer em 2021 por causa do coronavírus.

O Estádio Municipal de Leiria remodelou o relvado pela primeira vez – o tapete era ainda o que foi utilizado na fase final do Europeu 2004. Um investimento de 100 mil euros, ao qual se junta a aposta numa iluminação renovada e em testes técnicos aprovados.

O Estádio Dr. Magalhães Pessoa vai reunir todas as condições de segurança no contexto que atravessamos, assegurou o presidente da Câmara Municipal de Leiria, que falou sobre outras melhorias no recinto: “Os investimentos principais foram na melhoria das infraestruturas do estádio, o relvado, os balneários… Tudo para que haja um palco excelente para a prática desportiva”.

Em entrevista à Antena 1, Gonçalo Lopes lamentou o impacto negativo que a ausência de público tem para Leiria: “Os impactos diretos seriam aproximadamente de um milhão de euros, os indiretos muito mais do que isso: a imagem associada à própria iniciativa, os diretos, os efeitos que iriam ter junto da marca Leiria, a exemplo do que aconteceu em Braga, teriam um retorno bastante elevado”.

“Estamos a falar da hotelaria, que poderia esgotar na região toda de Leiria. Estamos a falar do impacto na restauração. Podíamos ter a presença de pessoas durante os dias todos da competição, desde terça-feira até sábado. Portanto, há aqui um valor de desenvolvimento económico que se perde e sobre o qual tínhamos uma perspetiva de encaixe financeiro”, confessou o autarca.

Por outro lado, o presidente da Câmara local também lembrou que há despesas que a autarquia iria ter e não vai ter por causa do estádio vazio: “Há muita despesa que o próprio município teria de assumir e que não está a assumir, em termos de custo direto. Nomeadamente a ativação de espaços exteriores, onde se iriam desenvolver atividades paralelas aos jogos. Isso não vai existir, por isso também há uma diminuição do investimento municipal nesta iniciativa”.

Curiosamente, mesmo sem público nas bancadas, haverá restrições à circulação automóvel em diversas ruas da zona do estádio, nos três dias em que há jogo, entre as 16 e as 24 horas.

As meias-finais do torneio jogam-se nesta terça e quarta-feira. Na terça Sporting e FC Porto tentarão chegar à final, enquanto no dia seguinte Benfica e Sporting de Braga lutarão pelo mesmo. A final está marcada para o próximo sábado.

Nuno Teixeira, ZAP //

1 Comment

  1. Este estádio é um cancro. Devia ser demolido. Na região de Coimbra só o estádio municipal da cidade do Mondego é que tem justificação agora os de Leiria e Aveiro deviam ser demolidos.

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