Laporta: “Messi e Neymar podem voltar. A custo zero”

Presidente do Barcelona admite situação financeira complicada. E quem assina contrato com o PSG assina a sua “escravidão”.

Joan Laporta terminou a temporada “irritado e decepcionado” com a prestação do Barcelona, sobretudo no campeonato nacional, onde terminou no segundo lugar mas a 13 pontos do campeão Real Madrid.

“Sei que tivemos lesões mas não podemos perder em casa com Cádiz, Rayo Vallecano e Villarreal”, afirmou o presidente do Barcelona.

“Estou decepcionado com a atitude da equipa. Sofri tanto ou mais do que o Xavi (treinador) por causa dessa falta de carácter. Não entendi e foi uma grande decepção. Esta equipa nunca teve uma liderança e fiquei desapontado e com raiva”, admitiu, em entrevista ao jornal L’Esportiu de Catalunya.

Laporta não escondeu que a situação financeira no clube é ainda apertada – ainda não chegaram ao famoso fair-play financeiro, sobretudo por causa dos salários elevados dos futebolistas: “Vamos ter de tomar algumas decisões”.

“De acordo com a Liga Espanhola, mesmo que tivéssemos receita de 600 milhões de euros, não passaríamos a ter margem salarial”, comentou.

Por isso, o “sonho” de muitos adeptos de voltar a ver Lionel Messi ou Neymar no clube está distante: “Todos esses jogadores, se voltarem ao Barcelona, terão de vir a custo zero. Não estamos em condições de contratá-los”.

O presidente do emblema catalão, quando falou sobre o “jogador excepcional” Neymar, criticou os contratos assinados com emblemas multimilionários, como o Paris Saint-Germain: “Neymar tem contrato com o PSG por mais quatro ou cinco anos. Esses jogadores que assinaram por clubes como o PSG, quase assinaram a sua escravidão. Por dinheiro”.

A Superliga Europeia, que o Barcelona apoia, ainda não está esquecida. Sendo assim, como estará a relação entre o clube e a UEFA, mais de um ano depois da apresentação da proposta do novo torneio? “Está fria”, respondeu Joan Laporta.

“Consideramos que a Liga dos Campeões pode ser melhorada em termos de recursos para os clubes e torná-la mais atractiva. A ideia dos clubes que defendem uma Superliga é sentar e encontrar soluções para tudo isso. E soluções reais, não continuem a disfarçar a história. Porque têm de ser os clubes a governar”, continuou.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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