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Há lagartos com sangue verde que os deveria matar (e é um mistério científico)

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Os lagartos de pele lisa da Nova Guiné com sangue verde são frequentemente agrupados na mesma espécie, Prasinohaema, com base somente na coloração do seu sangue.

A rara coloração surge de excecionalmente altos níveis de concentração de biliverdina, ou pigmento biliar verde. Nos mamíferos, a biliverdina é convertida na tóxica bilirrubina, que causa icterícia nos recém-nascidos.

Surpreendentemente, os lagartos de sangue verde permanecem saudáveis mesmo com níveis de bílis verde 40 vezes maior do que a concentração letal para humanos.

“Além de ter a maior concentração de biliverdina alguma vez registada num animal, estes lagartos desenvolveram de alguma forma uma resistência à toxicidade da bílis pigmentada, explicou Zachary Rodriguez, um candidato a doutoramento na Universidade Estadual do Louisiana, nos Estados Unidos.

“Compreender as mudanças fisiológicas que permitiram a estes lagartos permanecer livres de icterícia pode-se traduzir em abordagens não tradicionais a problemas de saúde específicos.”

Para estudar o histórico evolucionário dos sangue verde, Rodriguez e os co-autores examinaram 51 espécies de lagartos da Australásia – a zona que inclui Austrália, Nova Zelândia, Nova Guiné, e algumas ilhas da Indonésia -, incluindo seis espécies com sangue verde, duas das quais são novas espécies.

Os investigadores analisaram ADN de um total de 119 indivíduos (27 lagartos de pele lisa de sangue verde, Prasinohaema, e cerca de 92 lagartos de sangue vermelho). Assim, descobriram que há quatro linhagens separadas de lagartos de sangue verde, e todas partilham provavelmente um ancestral de sangue vermelho.

“Estamos entusiasmados com o histórico complexo destes animais e surpreendidos com o tamanho das linhagens dos lagartos de sangue verde entre a espécie”, explicou Rodriguez.

O sangue verde provavelmente emergiu de forma independente em vários lagartos, o que sugere que este tipo de sangue possa ter um valor adaptativo.

Níveis ligeiramente elevados de bílis pigmentada noutros animais, incluindo insetos, peixes, sapos, desempenharam papeis potencialmente positivos nesses animais.

Estudos anteriores mostraram que a bílis pigmentada pode agir como um antioxidante, bem como prevenir doenças durante a fertilização in vitro. Contudo, a função desta bílis nos lagartos continua incerta.

Os resultados do estudo foram publicados na quarta-feira na revista científica Science Advances.

7 Comments

  1. Sr. António Alves, boa tarde. Esse comentário é para quê e porquê? É tão triste as pessoas não saberem separar as coisas… Verde, azul, encarnado? Interessa? Passe bem.

  2. oh Mª Joao e esse comentário é para quê !?!? toda a gente sabe que o mal de portugal é por causa dos sportinguistas …. são todos primos do calimero, bem se viu ontem ahahahahha!!!

    • MARIQUINHASPEDESALSA é você, que nem se identifica! E além de mariquinhas, também deve ser outras coisas…. só acho que o Estado da Nação não se resume a CLUBISMOS, foi ISSO que quis dizer! Mas, infelizmente, não percebeu…. mas a sua vidinha deve resumir-se ao futebol, a minha não. Leu por exemplo que temos o combustível mais caro? Mas claro, interessa por areia nos olhos das pessoas…. Passe bem.

      • oh shó dona Mª Joao, peço imensas desculpas, o meu nome é vá
        Napaloeão Alves, prontos já estou identificado …

        sim tambem sou outras coisas, uma por exemplo, humano , eh eh eh …
        exactamente minha senhora!, eu sou “aclube” i.e , não tenho clube …

        estou-me a borrifar para o futebol, religião e fátima !!!

        o vinho é que induca !!!

        sim o combustivel, os gatunos do bes, do bpn, o assassino que esteve na politica, o outro que foi para frança e voltou …

  3. tão bem não percebeu a brincadeira do Antonio, puxa como as lagartixas estão mal dispostas..rsrsrs digo eu né, sei lá se é , mas parece

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