A mascote não é só um símbolo — é um alerta para a possível extinção da espécie, “indicadora da qualidade da água”.
As hellbenders orientais (Cryptobranchus alleganiensis) são seres estranhos. São salamandras gigantes, em vários casos com cerca de 60 centímetros de comprimento, e têm um aspeto monstruoso: com corpos longos e achatados e bocas largas e oblongas, que utilizam para sugar alimentos, já que não têm dentes.
A pequena.cidade de Boone, na Carolina do Norte, EUA, com cerca de 20 mil pessoas, decidiu adotar estes estranhos animais que habitam no sue lago.
As alcunhas par ao anfíbio de estimação não tardaram a surgir: lasagna lizard (lagarto lasanha), snot otter (lontra ranhosa) e devil dog (cão do diabo) são alguns exemplos, indica a Smithsonian Magazine.
Existe até uma cerveja artesanal IPA com o seu nome, típica da zona. E, no ano passado, uma nova homenagem às hellbenders surgiu no centro da cidade: um grande mural com estes curiosos animais desenhados.
“O mural e trabalhos semelhantes lembram ao público a importância de proteger os nossos rios e ribeiros“, diz Andy Hill, guardião do rio Watauga e diretor regional da organização ambiental MountainTrue, com sede em Asheville, perto de Boone.
É esse também o objetivo da mascote — tornar a população mais envolvida na proteção deste espécie, que pode estar ameaçada.
“As hellbenders são espécies indicadoras”, diz Hill. “Indicadoras da qualidade da água. A salamandra tornou-se um símbolo da região e captou a atenção do público para a biodiversidade”.