Laboratórios Germano de Sousa só reabrem terça-feira

Laboratórios Germano de Sousa / Facebook

Laboratórios Germano de Sousa

O fundador da empresa adianta que foi necessário parar para poder conseguir voltar a reconstruir as bases de dados dos laboratórios.

“Não negociamos com criminosos”, garantiu Germano de Sousa, fundador dos laboratórios, em entrevista à Renascença.

Só na terça-feira é que os laboratórios Germano de Sousa vão voltar a abrir portas. O presidente da instituição garante que as bases de dados não foram atingidas pelo ataque informático de quinta-feira.

“Os estragos não foram muitos, as bases de dados estão garantidas, não foram corrompidas. Para que se consiga reconstruir sem risco, tem que se parar“, assegura Germano de Sousa.

O responsável revela que o que aconteceu é obra de “hackers profissionais”, sublinhando que esta atividade “hoje em dia é um negócio”.

“O pedido de resgate não é direto. O que há nestes processos são links que nos dão acesso a um site com um pedido de resgate ou um início de comunicação com os responsáveis pelo ataque. Nós nunca acedemos a isso por uma questão de opção, não negociamos com criminosos”, sublinhou Germano de Sousa.

O grupo Germano de Sousa justifica a decisão com razões de segurança informática e com a necessidade de repor o normal funcionamento dos serviços, sem constrangimentos para os utentes.

Na sequência do ataque informático, o laboratório afirma “não existir qualquer evidência” de que os dados dos doentes tenham sido comprometidos, adiantando que está a colaborar com as autoridades competentes.

Segundo o grupo Germano de Sousa, o ciberataque, ocorrido na madrugada de quinta-feira passada foi “deliberado e criminoso com o objetivo de causar danos e perturbações à sua atividade e aos seus doentes”.

Quanto ao impacto desta paragem no reporte diário de novos casos de covid-19, o médico assegura que o atraso já terá sido resolvido e os dados em falta repostos.

“Cerca de 15% dos testes nacionais são feitos por nós e quinta-feira pode ter havido uma quebra, porque na quarta e quinta houve muitas pessoas que fizeram testes connosco e que nós não fomos ainda capazes de reportar”, esclareceu o responsável.

“Portanto, a nível nacional poder ter havido um período em que 15% dos novos casos não foram reportados. Mas a partir deste dia, os doentes já foram fazer testes a outros laboratórios e, portanto, a retenção já está resolvida”, esclareceu ainda.

Foi o terceiro caso conhecido nessa semana, após o da Vodafone e o da Trust in News, empresa detentora da revista “Visão” e de outras 14 marcas de informação.

ZAP //

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