Justiça britânica aceita recurso dos EUA. Extradição de Assange cada vez mais perto

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Peter Rae / EPA

A justiça britânica aprovou o pedido de recurso dos Estados Unidos para a extradição do fundador do Wikileaks.

Tal como recorda a BBC, os Estados Unidos tinham recorrido de uma decisão judicial do Reino Unido que alegava que Julian Assange não poderia ser extraditado devido às preocupações com a sua saúde mental. A justiça britânica considerava que havia risco de o fundador do Wikileaks cometer suicídio numa prisão norte-americana.

As autoridades norte-americanas terão agora dado um conjunto de garantias face às suas condições de detenção, o que levou a justiça britânica a aceitar o recurso.

De acordo com a emissora britânica, os EUA ofereceram quatro garantias, nomeadamente a promessa de que Assange não seria sujeito a um confinamento solitário pré ou pós-julgamento e que não seria detido em ADX Florence Supermax, uma prisão de alta segurança no estado do Colorado.

Washington também assegurou que permitirá que o fundador do Wikileaks seja transferido para a Austrália, para poder cumprir qualquer pena de prisão mais perto de casa.

Isto significa que Assange está cada vez mais perto de ser extraditado para os Estados Unidos, embora continuem a existir outros obstáculos. Segundo a agência Reuters, é provável que esta disputa ainda chegue ao Supremo Tribunal.

A noiva do ativista australiano, Stella Moris, já informou que a sua equipa jurídica vai recorrer da decisão anunciada esta sexta-feira.

Assange foi detido pela polícia britânica em abril de 2019, depois de ter passado sete anos recluso na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou quando estava em liberdade sob fiança, por temer uma extradição para os Estados Unidos ou para a Suécia, onde era alvo de uma acusação de violação que foi posteriormente abandonada.

Nos Estados Unidos, o ativista incorre numa pena que pode chegar aos 175 anos de prisão por ter divulgado, a partir de 2010, mais de 700 mil documentos secretos sobre as atividades militares e diplomáticas norte-americanas, nomeadamente no Iraque e no Afeganistão.

ZAP //

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2 Comments

  1. Se lhe acontecer algo, prepare-se mundo, porque a vingança será grande por parte de quem como ele, liberta informação preciosa…
    Talvez nesse dia, seja o dia do tal APAGÃO, que todos os Países tanta temem!…

  2. Mas não é o mesmo governo americano que realizou uma conferência pela democracia? Pela liberdade de imprensa? Que disse que ia dar uma boa maquia para manter a liberdade de imprensa? “Faz o que digo, não faças o que eu faço.”

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