Juros da dívida em mínimo a dois anos. PIB da zona euro recupera com subida histórica

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Os juros da dívida portuguesa estavam hoje a descer a dois, a cinco e a 10 anos, no prazo mais curto para um novo mínimo, e alinhados com os de Espanha, Irlanda e Itália. PIB e taxas de emprego da zona Euro invertem a tendência de recuo e registam subidas históricas.

Às 08:40 em Lisboa, os juros a 10 anos recuavam para 0,008%, contra 0,014% na segunda-feira e o atual mínimo, de 0,006%, verificado pela primeira vez em 26 de novembro, depois de terem subido até 1,441% a 18 de março, um máximo desde março de 2019.

Os juros a cinco anos também desciam, para -0,455%, contra -0,449% na segunda-feira e o atual mínimo, de -0,463%, verificado em 27 de novembro, depois de terem subido para 0,916% a de março, um máximo desde junho de 2018.

No mesmo sentido, os juros a dois anos recuavam para -0,718%, um novo mínimo de sempre, contra -0,717% na segunda-feira. Os juros da Grécia desciam a cinco anos e subiam a 10 anos.

PIB da zona euro com subida histórica em cadeia

As economias da zona euro e da União Europeia (UE) registaram no terceiro trimestre as maiores subidas em cadeia, de 12,5% e 11,5% respetivamente, invertendo a tendência em queda dos dois anteriores, segundo divulga hoje o Eurostat.

De acordo com dados hoje divulgados pelo gabinete estatístico europeu, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro cresceu 12,5% entre julho e setembro, a maior subida em cadeia desde o início da série temporal, em 1995, e uma recuperação face às quedas de 11,7% no segundo trimestre de 2020 e de 3,7% no primeiro.

Na UE, o PIB aumentou 11,5%, também um recorde nas variações em cadeia, e invertendo a tendência em queda de 3,3% no primeiro trimestre e 11,3% no segundo.

Em comparação com o mesmo trimestre de 2019, o PIB diminuiu 4,3% na zona euro e 4,2% na UE entre julho e setembro, uma recuperação parcial depois de ter afundado 14,7% e 13,9%, respetivamente, no trimestre anterior.

Entre julho e setembro, o PIB português cresceu 13,3% na variação trimestral e recuou 5,7% na homóloga, em ambos os casos com valores acima da média.

Face ao trimestre anterior, a França (18,7%), Espanha (16,7%) e Itália (15,9%) registaram as maiores taxas de crescimento do PIB entre julho e setembro, depois de terem registado, estes mesmos países, as maiores diminuições entre abril e junho.

A Grécia (2,3%), Estónia e Finlândia (3,3% cada) e a Lituânia (3,8%) apresentaram os menores aumentos do PIB e, à exceção da Grécia, cujo PIB recuou 14,1%, os outros dois países também tinham tido as menores quedas em cadeia no segundo trimestre.

Na comparação homóloga, a Grécia apresentou, no terceiro trimestre, a maior quebra no PIB (-11,7%), seguida da Croácia (-10,0%) e Malta (-9,2%).

Emprego com maior subida em cadeia

O número de pessoas empregadas cresceu 1,0% na zona euro e 0,9% na UE no terceiro trimestre de 2020, face ao período anterior, os maiores aumentos em cadeia desde o início da série temporal, segundo o Eurostat.

Na zona euro, o crescimento em cadeia de 1,0% da taxa de emprego – a maior desde o início da série cronológica, em 1995 -, inverte dois trimestres seguidos de recuo (-0,3% e -3,0%).

Na União Europeia (UE) a taxa de emprego também teve, entre julho e setembro, a maior subida de sempre em cadeia (0,9%) e interrompe a tendência de recuo (-0,2% no primeiro trimestre e -2,8% no segundo).

De acordo com o gabinete estatístico europeu, face ao mesmo trimestre de 2019, o emprego caiu 2,3% na zona euro e 2,0% na UE no terceiro trimestre de 2020 (após -3,1% e -2,9%, respetivamente, no entre abril e junho de 2020).

Portugal registou, no terceiro trimestre, uma subida de 1,2% na taxa de emprego face ao anterior e um recuo de 2,6% na variação homóloga, ambos acima da média.

A Espanha (-5,0%), a Estónia (-4,7%) e a Roménia (-2,8%) apresentaram, no terceiro trimestre de 2020, os maiores recuos homólogos na taxa de emprego, enquanto Malta (2,4%), Luxemburgo (1,9%) e a Polónia (0,5%) reportaram as únicas subidas do indicador.

Face ao segundo trimestre de 2020, a Irlanda (3,3%), Espanha (3,1%) e Áustria (3,0%) registaram o crescimento mais forte e os maiores recuos foram observados na Lituânia (-1,9%), Roménia (-1,0%) e Bulgária (-0,5%).

ZAP // Lusa

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