O Conselho Superior da Magistratura aplicou uma sanção de 30 dias de multa a uma juíza que alegou viver uma “situação familiar conturbada” para justificar os atrasos em vários processos que tinha em mãos. A juíza já tinha sido condenada em 2011, ano em que a sua prestação foi avaliada com “Bom”.
O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) confirmou a condenação decretada pelo Conselho Superior da Magistratura (CSM) de uma multa de 30 dias para a juíza, depois de esta ter tentado anular a sanção, como reporta o Jornal de Notícias (JN).
Considerando que estão em causa factos de “média gravidade”, “apontando para uma sanção de relevo”, o STJ salienta que “os atrasos verificaram-se em 78 processos“, alguns dos quais “atingem mais de um ano, quando o volume processual não era significativo”.
“O descontrolo na gestão perdurou por muito, escapa ao que é tolerável”, apontam os juízes do STJ que decidiram por unanimidade manter a condenação à magistrada pela “prática de uma infracção, em execução permanente, especialmente atenuada, aos deveres de zelo e de prossecução do interesse público”.
A juíza alegou viver “uma situação familiar conturbada“, devido a “conflitos com a mãe e os oito irmãos”, para justificar os atrasos, como cita o JN. Além disso, alegou ter regularizado todos os processos em atraso, algo que só aconteceu depois da inspecção que detectou a situação.
O STJ considerou que o ambiente familiar apontado “não exclui”, mas “diminui a culpa“, bem como o esforço efectuado na recuperação dos atrasos.
Todavia, o facto de a juíza já ter sido punida antes, a uma multa de 20 dias, pela “prática de infracções aos deveres de zelo e de manter a confiança dos cidadãos no funcionamento da Justiça”, levou a que a condenação fosse mantida.
“Perante recentes antecedentes disciplinares por matéria similar à presente, o desrespeito sucessivo dos prazos concedidos para regularizar os atrasos (antes e durante a pendência do processo disciplinar), a gravidade da conduta revelada pelo número e a dilatação dos atrasos verificados pela inspecção, não se consegue realizar um juízo de prognose positiva relativamente à arguida, razão pela qual não se suspende a multa na sua execução”, frisa o acórdão do STJ citado pelo JN.
De notar que em 2011, ano em que foi condenada pela primeira vez, a magistrada foi avaliada com “Bom” no âmbito das inspecções efectuadas pelo CSM.
Se é juíza tem posses para desaparecer daquele ambiente familiar tóxico e pagar lares, cuidados, obras em casa, etc. Ou então inventar outra desculpa.
E se com tudo isto não foi despedida e poderá, já havendo antecedentes, ser avaliada em Bom (boa merda), esta é a Justiça que temos, longe e alianada dos Cidadãos, que não acreditam nela, dando assim um “valioso” contributo e exemplo negativo à nossa Democracia.
Da minha parte, muito obrigado.
A isto se chama a classificação de MÁ PROFISSIONAL. Todos nós temos problemas mas não podemos nem devemos na parte profissional trazer os problemas pessoais (familiares). É assim que funciona no trabalho c/ privados, mas os FP não sabem o que é isto pois não?? Esta gente juízes que ganham mt dinheiro em comparação c/ o simples funcionário que ganha o salario mínimo, é menos responsável, menos profissional. Quem se LIXA sempre é o povo mais ninguém. O pequeno foi e será sempre pequeno venha quem vier é uma questão de tempo. Volta TUDO ao VELHO procedimento (ou antes ainda PIOR).